Paraná Clube ainda vai ter mais contratações

Seis reforços já foram apresentados – e todos devem ter suas documentações regularizadas nos próximos dias -, outros dois ainda dependem de conversações e definição judicial, mas o Paraná Clube ainda fará mais duas contratações para a seqüência do Brasileirão. Diretoria e comissão técnica reconhecem que o clube ainda necessita de maior qualidade no seu setor ofensivo e contatos ainda estão sendo mantidos. Nomes não são confirmados pelos dirigentes, que só descartaram a possibilidade de negociação com Leandro, do Iraty.

O artilheiro do Campeonato Paranaense, segundo o vice de futebol José Domingos, já teria transação definida para outro centro. ?Fizemos uma sondagem, mas a resposta foi negativa?, justificou. Outras opções, mas com características distintas, seriam Leandrinho (Noroeste) e Marco Aurélio (Bragantino). ?Prefiro não citar nomes. Estamos trabalhando, mas o mercado é difícil. Há concorrência e todos sabem da nossa condição financeira. O Paraná não entra em leilão?, disse o dirigente.

A preocupação dos tricolores é justificável. Do atual elenco, apenas Leonardo deu resposta positiva no Estadual, o que determinou uma variação tática que se manteve para o Brasileiro. Como os meias tiveram melhor rendimento, Barbieri – e agora Caio Júnior -reforçaram o meio-de-campo, armando o time com apenas um atacante de ofício. Com Jeff lesionado, as opções para o ataque, hoje, são Vandinho e Éder, que pouco produziram. Cristiano, recém-contratado junto ao J. Malucelli, será observado ao longo da semana e pode até ser lançado frente ao Botafogo.

?Num campeonato tão longo, é preciso ter opções. A diretoria está atenta e creio que nos próximos dias teremos novidades?, ponderou Caio Júnior. Na avaliação do técnico, o grupo para o Brasileiro deve ser qualificado e não teme um ?inchaço? momentâneo. ?Os problemas ocorrem a cada rodada, por lesão ou suspensão. O que não pode ocorrer é você ficar com apenas dezoito jogadores para uma partida?, lembrou. Caio Júnior, diante da dificuldade do clube para registrar atletas na semana passada (a CBF ?fechou? na quarta-feira, devido ao feriado) e dos vários atletas no departamento médico, tinha apenas 19 jogadores à sua disposição para o jogo frente ao Juventude.

Amistoso contra Operário serve de laboratório pra Caio

Ainda sem contar com Flávio, Émerson e Maicosuel, lesionados, o técnico Caio Júnior vai utilizar o amistoso de amanhã – às 20h, no Germano Krüger -, frente ao Operário, como laboratório visando o compromisso de domingo, diante do Botafogo. ?O resultado, nesta quarta, é o que menos importa. É lógico que jogador não gosta de perder nem coletivo. Mas a atividade vale muito mais para que eu possa movimentar todo o grupo?, justificou.

Tanto que Caio irá usar duas equipes distintas ao longo do jogo-treino. Na etapa inicial, estará em campo a equipe-base do Tricolor. As novidades ficarão por conta de Cuca e Edmílson na zaga. ?Esta é uma tendência. Vamos esperar a seqüência dos treinamentos?, disse o treinador. As mudanças na zaga se justificam pela má jornada do setor de marcação em Caxias do Sul. ?O Cuca é hoje um zagueiro experiente, que faz a sobra muito bem. Já o Edmílson fez um grande campeonato paulista e é um jogador experiente?, frisou.

A situação de Flávio para o jogo de domingo só será definida na sexta-feira. Suspenso, ele aproveitou a semana passada para tratar uma entorse no punho esquerdo. ?Vou esperar o parecer dos médicos. Se eles entenderem que é preciso mais uma semana de tratamento, prefiro esperar pelo Flávio para o jogo contra o Grêmio, com 100% de sua condição?, justificou o técnico. ?O Marcos Leandro foi bem e passou tranqüilidade ao time?.

Caio Júnior, assim, deve escalar no primeiro tempo deste amistoso a seguinte equipe: Marcos Leandro; Gustavo, Cuca e Edmílson; Goiano, Rafael Muçamba, Beto, Sandro, Marcelinho e Edinho; Vandinho. Na etapa complementar, vai movimentar os demais jogadores do grupo e observar os novos contratados: Angelo, Batista, Gérson e Cristiano. ?Esse tipo de jogo-treino vale para isso. Para que possamos observar e dar ritmo a todos?, finalizou Caio.

Melhores campanhas do Paraná foram quando estreou perdendo

O revés em Caxias do Sul só confirmou a média histórica do Paraná Clube em suas estréias no Brasileirão. Desde 1993, quando participou pela primeira vez da Série A,.

o Tricolor tem um aproveitamento de apenas 48,72% (considerando-se, em todos os anos, três pontos por vitória). No geral, apenas um empate, e uma igualdade em número de vitórias e derrotas (6). Ao perder para o Juventude, também viu ruir a sua invencibilidade, que já era de doze jogos ao longo da reta final do campeonato paranaense.

Para os supersticiosos, nos anos em que o Paraná realizou suas melhores campanhas em Nacionais da primeira divisão, não venceu na estréia. Em 2003, por exemplo, empatou com o Santos (2×2), na Vila Belmiro e fechou a temporada com o 10.º lugar. Ano passado, quando chegou em 7.º, o Tricolor foi derrotado em casa pelo Goiás (2×0). Curiosamente, em 2002 e 2004, quando o clube conviveu com o fantasma do rebaixamento durante boa parte da competição, conseguiu largar com vitórias, sobre São Caetano (2×1) e Santos (3×2), respectivamente.

Das treze estréias, somente 5 foram fora

de casa, onde o aproveitamento é ainda pior. Com apenas uma vitória – em 1996, sobre o Sport, na Ilha do Retiro – o Paraná tem um aproveitamento de apenas 26,67%. Apesar da falta de critérios do árbitro (e do pênalti reclamado), os jogadores têm a consciência de que o Paraná não jogou bem. Em especial no primeiro tempo, quando seu sistema de marcação ?bateu cabeça? e ofereceu muitos espaços ao time gaúcho. Além dos erros de posicionamento – corrigidos no intervalo – o técnico Caio Júnior não gostou do péssimo desempenho do time nos lances de bola parada.

Os inúmeros deslizes em cobranças de faltas e escanteios foram determinantes para que o Tricolor não chegasse à igualdade. ?Num jogo truncado como aquele, a bola parada decide. Por isso, o Juventude foi mais feliz e venceu?, comentou o treinador, que em suas passagens anteriores pelo Paraná, obtivera estréias com vitória. No supercampeonato paranaense de 2002, o Paraná bateu o Londrina (2×0) e no Brasileiro do mesmo ano, após a saída de Otacílio Gonçalves, Caio largou com 1×0 diante do Vitória, no Pinheirão.

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