Fora da briga pelo acesso, o Paraná Clube mantém uma postura de absoluto sigilo quando o assunto envolve a temporada 2014. A reformulação do departamento de futebol será inevitável, mas o volume de mudanças ainda é impossível precisar. A tendência é uma oxigenação geral, que já teve início no próprio processo eleitoral, quando Paulo César Silva não foi chamado para compor a chapa da situação, formada por Rubens Bohlen, Luiz Carlos Casagrande e Aldo Luís Coser. A partir desse fato, a tendência é que o Tricolor inicie a nova temporada com muitas caras novas, dentro e fora de campo.

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A diretoria reeleita não dá pistas sobre quem irá exercer a função de Paulão, supervisionando o carro-chefe do clube. Também há uma indefinição quanto ao cargo executivo, exercido por Alex Brasil nas duas últimas temporadas. ‘Temos que agir com responsabilidade em relação à competição. Nossos jogos interferem diretamente na composição da Série B do ano que vem. Por isso, não iremos tratar desses assuntos antes do fim da competição, no dia 30 de novembro’, avisou o superintendente Celso Bittencourt.

Sem definições quanto à parte administrativa, o torcedor tricolor não tem ideia de como será a formatação do elenco para o ano que vem. Muitos acreditam em mudanças radicais, mas internamente há quem aposte na manutenção de uma base, por menor que seja. Historicamente, o Paraná não obteve bons resultados quando decidiu por uma troca total de jogadores. A própria equipe de 2013 tem uma série de jogadores remanescentes do ano passado, quando o Tricolor não brilhou, mas fez uma Série B sem sustos, chegando aos 52 pontos com alguma naturalidade. Desta vez, porém, a frustração pela campanha fracassada no segundo turno pode cobrar o seu preço. Vários jogadores têm contratos se encerrando e a decisão de quem fica ou não passará por esse novo comando diretivo e, é claro, pelo poder de negociação para eventuais renovações.

É nesse ponto que entram em cena as parcerias. Há uma tendência de continuidade do vínculo com a Amaral Sports. Independentemente disso, porém, é certo que alguns jogadores da empresa irão deixar o clube, diante da necessidade de se captar recursos para o pagamento das pendências de fim de ano (salários, férias, 13.º). Marcos Amaral sai pela tangente quando o assunto é o futuro do Paraná. ‘Temos algumas operações financeiras em andamento’, disse, dando a entender que alguns atletas estão sendo negociados.

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