A primeira fase do Paranaense está chegando à sua metade, mas o Paraná Clube ainda se mostra um time em formação. Se o técnico Saulo de Freitas segue na busca pelo equilíbrio, a diretoria trabalha no sentido de qualificar com certa urgência o seu elenco. Ainda mais diante da saída de alguns atletas. Em especial do meia-atacante Vandinho, até então titular na equipe, na ala ou no ataque. O vice de futebol Durval Lara Ribeiro admitiu dificuldades nas negociações, mas não por falta de dinheiro.
?Engana-se quem acha que estamos com o pires na mão. Longe disso. O Paraná tem bala na agulha para contratar qualquer jogador. O problema é encontrar a peça certa?, disparou o dirigente. ?Os nomes que estou trabalhando – seriam quatro opções para o ataque – são de jogadores de muita qualidade e que estão empregados. E seus treinadores não querem liberá-los. É muito mais uma questão técnica do que financeira?, disse Vavá Ribeiro, garantindo que hoje o Paraná tem portas abertas com muitos investidores de peso no futebol brasileiro, como por exemplo a Traffic.
Além da venda de Vandinho para o Noroeste de Bauru, o Paraná também está concluindo as transferências -todas em definitivo – do volante Adriano (para o futebol português) e do zagueiro Daniel Marques (que está indo para a Hungria). Esses dois jogadores estão no exterior, passando pelos exames médicos. A diretoria só espera o depósito dos valores (não revelados) para oficializar as negociações. Vavá mantém a postura de não aceitar a liberação de nenhum atleta por empréstimo. Exceção feita a garotos recém-promovidos da categoria de base e que necessitam ganhar experiência.
Na mesma medida em que ?bate no peito? e diz que o Paraná vai chegar forte na briga pelo título e pela volta à elite nacional, o vice de futebol também negou com veemência a possibilidade do clube se desfazer de seus jovens valores, como Giuliano e Éverton. ?Não sei de onde surgiram essas especulações. Os dois são jogadores do Paraná, com contratos longos e não vamos nos desfazer desses atletas no momento. Só saem se surgir uma proposta irrecusável e, agora, acredito que não é momento para se falar nisso?, afirmou.
Apesar das dificuldades que o Paraná vem encontrando ao longo do início desse Paranaense, o dirigente garante estar tranqüilo quanto ao futuro do clube na temporada. ?Montamos uma base. Hoje, já tenho a noção do que nos falta e reforços virão?, assegurou. Só que a partir desse momento, Vavá não admite mais testes. ?Os jogadores que chegarem, já vêm como parte do nosso objetivo de voltar à primeira divisão nacional. Por isso, peço calma à torcida, pois é um processo lento. Mas, repito, não por falta de dinheiro?, finalizou Ribeiro.
Atrás de regularidade
A vitória sobre o Cascavel trouxe tranqüilidade ao Paraná Clube. Após quase 200 dias sem obter sucesso em jogos fora de casa, o Tricolor enfim retornou de uma viagem com os três pontos na bagagem. Agora, o time de Saulo de Freitas tenta derrubar outro tabu: garantir uma seqüência de vitórias para entrar na zona de classificação à segunda fase do Campeonato Paranaense. O objetivo é despachar o Iraty, no domingo de Carnaval, às 16h, no Durival Britto.
O desgaste do jogo e de uma longa viagem de ônibus fez com que a comissão técnica alterasse a programação. Assim que a delegação chegou, pela manhã, houve um rápido treino regenerativo e o trabalho da tarde foi cancelado. O grupo se reapresenta hoje para o apronto sob o comando de Saulo, que tem problemas. O zagueiro Nem e o volante Jumar estão praticamente fora do jogo contra o Iraty e como João Paulo está suspenso, é provável que Saulo de Freitas volte a armar a equipe no 4-4-2.
Nem e Jumar se lesionaram em Cascavel e serão reavaliados hoje. O zagueiro vem convivendo com uma tendinite e Jumar sentiu o joelho esquerdo. Já André Luiz, que também deixou o gramado do Olímpico Regional com dores no joelho, está recuperado e tem presença assegurada no confronto deste fim de semana.
