Diz o velho ditado: “Um grande time começa por um grande goleiro”. Acreditando nessa máxima, o Paraná Clube espera o quanto antes receber o “sim” de Juninho.

continua após a publicidade

Mesmo com o clube marcando passo na Série B, o jogador conquistou seu espaço no time e no coração da torcida. De quebra, ganhou ainda a confiança não apenas da comissão técnica, mas também da diretoria.

Nem mesmo quando emitiu críticas contundentes por conta dos atrasos salariais, foi repreendido. Uma liderança natural que fez de Juninho o principal ícone do Tricolor na temporada 2010.

Na contrapartida, o Paraná também fez bem ao goleiro, que vinha de uma passagem irregular pelo Juventude-RS, clube com o qual amargara o rebaixamento para a Série C.

continua após a publicidade

Uma boa passagem pelo futebol paranaense tornou-se um desafio para o jogador. Em meio aos altos e baixos do Tricolor, Juninho manteve sempre um desempenho de regularidade e não ao acaso foi um dos menos vazados da Série B deste ano.

A renovação com Juninho representa para o Paraná não apenas a manutenção de um jogador de alto nível. Também seria uma volta às origens. A história do clube é marcada por goleiros de expressão, como Régis, Marcos e, mais recentemente, Flávio.

continua após a publicidade

Porém, desde a despedida do Pantera, o clube viveu por períodos de alta rotatividade em sua meta. Contratado em 2003, Flávio -que fora campeão no Atlético-PR, mas não emplacara no Vasco – já chegou com status de ídolo. Condição que iria confirmar nos quatro anos e meio em que defendeu o azul, vermelho e branco.

Desde a sua saída – período em que já era questionado -, o Tricolor conviveu com sérios problemas na posição. Em 2008, teve Fabiano Heves, Gabriel e Mauro. Nenhum vingou e no ano passado as experiências continuaram.

De Felipe (Santos), a Zé Carlos (hoje no Avaí), passando por Ney e Rodolfo. Na prática, Zé Carlos teve bons momentos, mas acabou indo para Santa Catarina com o afastamento da L.A. Sports. Juninho foi contratado em dezembro do ano passado e precisou de pouco tempo para vencer algumas barreiras.

Aos 29 anos, Tadeu de Jesus Nogueira Júnior, tem tudo para confirmar em 2011 essa nova fase de sua vida. Na atual temporada, foi o que mais vezes atuou pelo Paraná: foram 61 jogos (só ficou de fora de um, quando cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo).

“Diria que tenho 60% de chances de ficar”, despista Juninho. A diretoria acredita em percentual ainda maior e espera talvez para hoje a resposta definitiva do jogador. “Estamos fazendo um esforço para renovar seu contrato. Não espero outra resposta, senão um sim”, arrematou o presidente Aquilino Romani.

Em Portugal

A questão envolvendo Juninho acabou se tornando prioritária devido à viagem do jogador. O goleiro segue para São Paulo no fim de semana e no dia 12 embarca para Portugal, onde passará as férias. A ideia das duas partes é definir essa questão antes desta viagem.

Nos planos

Além de Juninho, a diretoria mantém conversas adiantadas com Alessandro Lopes e Fernando Gabriel. O zagueiro pode fechar a renovação a qualquer momento. Já o meia viajou para o interior paulista, mas retorna nos próximos dias, quando deve assinar novo vínculo com o clube.

Indefinições

Outros dois jogadores do elenco 2010 estão nos planos, mas estudam propostas de outros clubes. São os casos do zagueiro Luís Henrique e do volante Chicão. O assessor de futebol Paulo César Silva terá reuniões definitivas com ambos ainda esta semana.