Idealizada para ser a redenção do Paraná Clube, a parceria com a B.A.S.E (Bom Atleta Sociedade Empresarial) naufragou. O clube anunciou ontem, através de nota oficial, o fim do vínculo com a empresa, que fora criada com o objetivo de reformular as categorias de base do Tricolor – incluindo a construção do Ninho da Gralha. “Não houve rompimento, e sim um acordo para o fim da parceria. A partir de agora, o Paraná reassume a gestão das equipes de formação de atletas”, disse o superintendente Celso Bittencourt.
O contrato havia sido aprovado pelo conselho deliberativo do Paraná, em março de 2008. Nove meses depois, o clube inaugurava o Ninho da Gralha. Para a montagem do centro de formação de atletas, em Quatro Barras – uma área invejável, de 241 m2 -, a B.A.S.E teria investido cerca de R$ 7 milhões. Só que desde a mudança da estrutura do departamento amador, as revelações simplesmente minguaram. Quando o contrato foi firmado, a promessa era levar o Paraná à disputa de títulos nacionais em quatro anos, com pelo menos metade da equipe formada em casa.
Logo no início da parceria – em clima de lua de mel – a B.A.S.E chegou a anunciar que recusara uma proposta de R$ 14 milhões por Elvis, então visto como a grande promessa do Paraná. Lenda ou não, o fato é que nesses quase quatro anos o Tricolor só conseguiu algum retorno financeiro com o meia-atacante Kelvin, negociado com o futebol português. Muito pouco para um clube que firmou seu nome na história do futebol paranaense como formador de talentos. “Fechamos as duas últimas temporadas com as prateleiras vazias. Isso precisava mudar. Por isso, confiamos muito no trabalho do Ricardinho e de sua comissão técnica”, lembrou Bittencourt.
O Paraná, com o fim da parceria, assume todos os encargos em relação ao Ninho da Gralha, inclusive com a quitação dos salários atrasados de seus funcionários.