Paraná aumenta lista de reforços no ataque

A temporada “oficial” só começa no final de janeiro, mas o Paraná Clube quer chegar à largada do campeonato paranaense com um elenco montado. O objetivo do técnico Caio Júnior é que o grupo formado para a disputa estadual fique bem próximo daquele que o clube utilizará no campeonato brasileiro. No ano que vem, com o novo calendário, a competição nacional tem início previsto para o fim de março. A reestruturação visa minimizar as dificuldades encontradas pelo Tricolor no último Brasileirão, onde só se livrou do rebaixamento na última rodada.

A dificuldade foi maior na medida em que o clube contratou muitos reforços às pressas, na tentativa de suprir as ausências de Ageu e Hélcio que se transfeririam para Portuguesa e Atlético Mineiro, respectivamente e de André. O zagueiro conseguiu liminar na Justiça do Trabalho e trocou o Paraná pelo Flamengo. “Tivemos que montar um novo setor defensivo com a competição em andamento”, comentou Caio Júnior. Neste momento, ele era apenas o auxiliar-técnico de Otacílio Gonçalves. Desta vez, o desafio de Caio será armar um novo ataque para 2003.

O sistema defensivo conseguiu maior estabilidade na reta final do campeonato brasileiro, com o entrosamento de Cristiano Ávalos, Roberto e Weligton. Os dois últimos ainda precisam negociar as renovações contratuais, mas devem ficar. A zaga ainda terá o reforço de Ageu, que retorna da Lusa. Porém, Caio Júnior não terá a dupla Maurílio e Márcio, ponto forte do time. O Paraná, na temporada inteira, marcou exatos 100 gols, com a participação efetiva da dupla. Maurílio já foi para a Arábia Saudita e Márcio deve ser negociado nos próximos dias.

Por isso, o clube não poderá se limitar aos três reforços solicitados pela comissão técnica (um lateral-direito e dois meias de criação). O presidente Enio Ribeiro terá quer buscar ao menos mais um atacante, mas já avisou que reforços só serão contratados a partir do momento em que o clube tiver certeza dos valores referentes às cotas de tevê. O dirigente quer evitar o “erro” cometido neste, quando se armou para o Brasileirão, tendo por base valores pré-existentes. “Podemos dizer que fomos induzidos ao erro”, disse.

O Paraná, em 2001, teve direito à uma cota de R$ 1,6 milhão. O clube fez sua previsão orçamentária imaginando que receberia, em 2002, aproximadamente R$ 2 milhões. “Recebemos só a metade disso e passamos o ano driblando essas dificuldades, sempre com os salários atrasados. É algo que não pode se repetir”, disse. Por isso, Enio Ribeiro se reúne nesta quarta-feira com os demais presidentes dos “excluídos” do Clube dos 13. Paraná, Figueirense, Juventude, Ponte Preta, São Caetano e Paysandu, agora aliados de Criciúma e Fortaleza, novos integrantes da Série A, buscam uma divisão mais justa dos valores oferecidos pela tevê.

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