O Paraná Clube prometeu para 2009 um time guerreiro. O meia Gedeon garante que esta é a sua principal característica. “Sou um lutador”, afirmou o jogador, candidato a titular do novo meio-de-campo tricolor. Gedeon foi oficialmente apresentado ontem à tarde, junto com os atacantes Peterson e Abuda. A meta é mostrar todo o grupo até o fim de semana, quando chega ao fim a primeira etapa da pré-temporada, voltada à readaptação física dos atletas.
“O campeonato tá em cima. Por isso, o pessoal tá pegando firme com a gente”, disse Gedeon. O meia de 27 anos acredita que poderá passar um pouco da experiência que viveu ano passado, no Atlético Mineiro, para o novo elenco, que mescla atletas mais rodados com jovens promessas. “A Série B é ainda mais difícil. Pra chegar, tem que ter um time competitivo e é isso que vamos tentar formar já no Paranaense”, disse o jogador.
Gedeon destacou o bom passe e a movimentação constante como suas principais virtudes. “Sou um meia participativo. Não busco muito as jogadas pelos flancos, mas gosto de ocupar os espaços no meio-de-campo”, explicou. “E, se tiver liberdade, chego à frente também. Sempre fiz os meus golzinhos.” Gedeon vai ter a chance de repetir no Paraná a dupla com Lenílson, que conheceu no Galo. “Lá, fizemos bons jogos, boas tabelas, que resultaram em gols.”
Gedeon chega empolgado com a chance de ser titular da equipe, situação parecida com a do atacante Abuda. Parte de uma geração promissora do Corinthians, o jogador admite que a transferência precoce para o futebol alemão – com apenas 19 anos – foi ruim para a sua carreira. “Não fui bem no Wolfsburg e precisei ir pra Bélgica para conseguir recuperar uma sequência de jogos”, lembrou o jogador, que ao voltar ao Brasil jogou por Vasco e Avaí.
No clube carioca, foi um dos pivôs de discussão que encerrou a carreira de Romário como técnico em São Januário. O “baixinho” queria escalá-lo, mas Eurico Miranda exigiu a presença de Alan Kardec. “Só fiquei sabendo da confusão após o jogo, quando o Romário pediu demissão.” O time cruzmaltino será, aliás, um dos adversários do tricolor na briga por uma vaga à Série A de 2010. “E será uma competição ainda mais dura que a do ano passado”, acredita Abuda.
Em meio a jogadores com maior bagagem, Peterson também “mostrou sua cara”. Artilheiro no interior paulista, o atacante de apenas 19 anos disse se sentir recompensado por enfim chegar a um grande clube. “Agora, tenho que manter o pique, continuar marcando meus gols e buscar espaço entre os titulares”, arrematou a promessa paranista.