Para o técnico do Atlético Mineiro, Thiago Larghi, a história do clássico contra o Cruzeiro poderia ter sido diferente, inclusive com o título mudado de mãos se não houvesse o que ele considerou um erro do árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira. Ele expulsou o venezuelano Otero, ainda aos 20 minutos do primeiro tempo, em um lance em que deu uma cotovelada em Edilson, lateral-direito cruzeirense e que levantou o pé de maneira maldosa, em uma solada clara na direção do peito do atleticano e que não foi atingido.
“A expulsão do Otero foi justa, mas o juiz deveria também ter expulsado o jogador deles que levantou o pé no peito do nosso jogador. Se vencer o clássico ou ser campeão já seria algo difícil, por termos um adversário muito qualificado, tudo se complicou depois que ficamos com 10 jogadores”, analisou Thiago Larghi, não tirando, porém, os méritos do título do rival.
O Cruzeiro venceu por 2 a 0, revertendo a vantagem atleticana, que tinha vencido por 3 a 1 no estádio Independência. O rival levou o título por ter a melhor campanha no Campeonato Mineiro. Mas na coletiva ele foi questionado por suas substituições feitas no segundo tempo quando Ricardo Oliveira e Luan deram lugar, respectivamente, para Erik e Gustavo Blanco. “Estas duas trocas já estavam programadas e tinham como objetivo dar mais intensidade ao time. Os dos entraram quando a gente já perdia por 2 a 0, mas ambos foram bem embora não tenham mudado o resultado final”, justificou.
Ainda na condição de interino, Thiago Larghi vê evolução no time nos últimos meses. Mas sabe que o time precisa melhorar, principalmente na sua postura e no equilíbrio. “São dois pontos que alertamos antes da decisão. Infelizmente nós falhamos. Mas não foi a primeira vez, nem vai ser a última. O que interessa é que estamos bem conscientes do trabalho realizado e dos pontos que precisamos melhorar daqui para a frente. Tenho certeza que o time vai melhorar e ainda temos o ano todo pela frente”, reforçou o técnico, já mirando o início do Campeonato Brasileiro e a manutenção na Copa Sul-Americana, além da Copa do Brasil.
Nos vestiários ganhou o apoio do presidente Sérgio Sette Câmara, que estava ao seu lado na entrevista coletiva. “É claro que perder um título é doloroso, mas estamos satisfeitos com o trabalho até agora realizado pelo Thiago e sua equipe. É preciso ter serenidade para continuar este trabalho”, decretou o dirigente, dando moral para seu técnico teoricamente interino, mas fixo na prática.