A grande campanha do Corinthians no Campeonato Brasileiro firmou ainda mais o nome de Tite como um dos principais técnicos do País. O treinador já havia alcançado um lugar de destaque após sua última passagem pelo clube, com os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes, e as vozes que pediam sua contratação para a seleção brasileira após a Copa do Mundo do ano passado, ganharam força em 2015. Para não perder seu comandante, o presidente corintiano, Roberto de Andrade, admitiu que torce para Dunga fazer um grande trabalho.

continua após a publicidade

“Não é medo, é algo incontrolável, não tenho domínio sobre essa situação. Não adianta ter medo, é igual a morte. Todos têm medo, mas vão morrer, vai acontecer, não tem jeito. Se isso acontecer, espero que demore. Hoje, sou o maior torcedor do Dunga na seleção. Torço dia e noite para que ele dê certo, que goleie a Argentina, que todo mundo fale bem. Porque ele vai resolver um problema na CBF e arrumar um problema no Corinthians, que eu não quero. Meu clube é o Corinthians, não é a seleção brasileira”, declarou em entrevista ao SporTV nesta sexta-feira.

O raciocínio de Roberto de Andrade é que se Dunga conseguir bons resultados com a seleção, não haverá motivos para a CBF trocar de treinador. Só que a queda nas quartas de final da Copa América aliada ao início irregular nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do ano que vem, aumentaram a pressão sobre o técnico. Uma derrota diante da rival Argentina na próxima rodada, quinta que vem, pode ser determinante para uma mudança, justamente o que o presidente do Corinthians não quer.

“O Tite tem contrato de três anos, mas isso não tem controle. Você não pode impedir ninguém que vá ser o treinador da seleção brasileira, que é o auge da carreira, onde todo mundo quer chegar. É uma decisão exclusiva do Tite, mas espero que o Dunga faça um bom trabalho e vá à Copa do Mundo. Do futuro, só Deus sabe”, comentou.

continua após a publicidade

Para Roberto de Andrade, a sequência de Tite no comando do Corinthians, mesmo com as decepcionantes quedas na Libertadores e no Campeonato Paulista, foram determinantes para o sucesso do clube no Brasileirão. “A gente está acompanhando o trabalho dos técnicos, e quando o trabalho é bem feito, sabemos. Os times que estão nas primeiras colocações, são os que não trocaram de treinador. A receita é essa.”