Fernando Diniz a todo momento cobrou calma aos jogadores do Audax na Vila Belmiro dizendo que o gol do empate sairia. O treinador fez de tudo, mas não conseguiu levar a sensação do Campeonato Paulista à conquista. No fim, entrou em campo para amparar seus tristes e chorosos jogadores. Abraçou um a um e fez questão de mostrar orgulho pelo que aquele grupo fez.
Cumpriu seu ritual e depois falou grosso. “O time jogou para vencer, não foi campeão, mas jogou como campeão”, afirmou. O desabafo foi adiante. “Perdemos pelas casualidades do futebol. A única chance que o Santos teve no primeiro tempo fez, quando estávamos bem melhor. Aquele gol proporcionou ao Santos jogar mais recuado”, observou. “Fomos melhores, tivemos bola na trave, nosso time está de parabéns. E se futebol fosse lógico, o Audax tinha de ter vencido”.
Logo após o jogo, a torcida do Santos reconheceu a força do oponente e aplaudiu o time de Osasco (SP). Jogadores santistas também ressaltaram a força do Audax, como o zagueiro David Braz.
Camacho, quase certo com o Corinthians, evitou’ falar sobre o futuro. Mas o discurso já era de despedida. “Meu foco estava neste jogo, não sei ainda, amanhã (segunda-feira) vou sentar com meu empresário e definir o futuro. Sobre as palmas, são o reconhecimento do nosso trabalho. Não sei se este time vai continuar junto, mas foi um prazer atuar com esse grupo”.
Camacho na retranca, Tchê Tchê assumindo o que todos já sabiam: vestirá a camisa do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Chorando, ele se despediu da velha casa de 10 anos. Se apresenta no clube alviverde nesta terça-feira.
“Não é segredo que estou me despedindo, foram 10 anos aqui, desde quando subimos à elite e agora chegar a esta final é algo inexplicável, infelizmente não fomos campeões e a tristeza é por deixar o clube sem ser campeão”, falou Tchê Tchê, sem conter as lágrimas. “Agora posso falar do Palmeiras, antes a cabeça estava só nas finais. Fica o orgulho de ter participado de tudo isso, e vou carregar no coração para sempre”.