Chamado uma única vez pelo técnico Luiz Felipe Scolari, para o amistoso com a África do Sul, em março, o volante Fernandinho falou à Rádio Estadão na tarde desta quinta-feira e contou que recebeu a confirmação de sua convocação para a Copa do Mundo enquanto estava concentrado com o Manchester City para o jogo com o Aston Villa, válido pela 29.ª rodada do Campeonato Inglês.
Com o brasileiro em campo, o Manchester City goleou o Villa e assumiu a liderança do torneio, faltando apenas uma rodada para o fim. Com dois pontos de vantagem sobre o Liverpool, agora só não será campeão se perder do West Ham, novamente no Etihad Stadium, domingo. “Matematicamente com apenas um empate garantimos o título. Queremos dar esse presente para o nosso torcedor e para nós será muito mais bonito sermos campeões com a vitória”.
A convocação do volante lembra a história de Kleberson, também formado no Atlético, que surgiu como grande novidade de Felipão para a Copa de 2002 e acabou sendo titular no penta. “Eu me espelhava bastante nele, porque é um jogador que tem uma história parecida com a minha, trilhamos os mesmos caminhos. Ele foi muito feliz naquele Mundial e conquistou a confiança do Felipão. Foi muito importante para mim”.
Fernandinho acredita que as boas atuações no Campeonato Inglês e principalmente a atuação que teve contra a África do Sul garantiram sua vaga entre os selecionáveis que disputarão a Copa do Mundo. “Depois do amistoso contra a África do Sul em março, eu tinha convicção que minhas chances eram grandes de ir para a Copa do Mundo, mas eu precisava manter o nível aqui no City. Com o clube brigando pelo título, isso chama atenção. No dia da convocação, eu estava bem confiante por conta disso, pelo amistoso contra a África do Sul e pelo nível que consegui manter na Inglaterra nesses dois meses”.
O volante ainda falou da diferença do futebol disputado na Inglaterra e do praticado pela seleção brasileira. “Eu acho que o futebol inglês é um futebol muito rápido, raramente o jogo para, são poucas faltas e os times jogam com bastante intensidade. A seleção brasileira atua de uma forma diferente, com características próprias. A gente viu nos amistosos e na Copa das Confederações. Eu acredito que o Brasil possa fazer uma grande Copa do Mundo”.