Já são sete jogos oficiais consecutivos sem vitória e o clima no São Paulo às vésperas da decisão da Recopa Sul-Americana é dos piores. A equipe sofre com a pressão da torcida e o mau rendimento em campo, que não foi resolvido nem com a demissão do técnico Ney Franco – Paulo Autuori foi contratado e estreou com derrota por 3 a 2 para o Vitória, domingo. O volante Denilson admitiu a má fase e garantiu que o problema são-paulino é psicológico.
“Primeiro temos que estar de bem conosco, especialmente no lado psicológico. A cada dia que passa fica mais difícil porque estamos trabalhando com vontade e a gente não vê o resultado aparecer, isso é muito ruim. Precisamos agora seguir trabalhando firme. Falta a vitória para dar ânimo, para treinar feliz. Todo mundo está vendo que o clima não está bom, porque estamos perdendo e isso nos deixa tristes”, declarou, nesta segunda-feira.
Para Denilson, essa intranquilidade tem se refletido em campo, já que nas últimas partidas o São Paulo terminou em desvantagem numérica – teve dois jogadores expulsos contra o Bahia e um contra o Vitória. O jogador, no entanto, descartou transferir a responsabilidade para qualquer outra pessoa que não os próprios atletas e cobrou mais diálogo para o time deixar essa situação desconfortável.
“Tomamos muitos cartões, terminar um jogo com dez ou nove é complicado. Mas não podemos baixar a cabeça, é preciso manter a mente forte. O presidente e o treinador não vão entrar em campo, somos nós que precisamos dar essa resposta. É o momento de nos fecharmos e tentar resolver. Perguntar um para o outro o que está acontecendo. Precisamos dialogar, não adianta botar a culpa um no outro, isso não vai levar a lugar nenhum”, comentou.
Apesar do mau momento são-paulino, Denilson descartou que o Corinthians seja o favorito na Recopa. A equipe do Parque São Jorge venceu o jogo de ida, no Morumbi, por 2 a 1, e precisa apenas de um empate nesta quarta-feira, no Pacaembu, para ficar com o troféu. “O Corinthians está jogando há muito tempo junto e eles se conhecem há bastante tempo. Mas são 11 contra 11 e vai prevalecer o que cada um mostrar em campo, vai depender dos 90 minutos. Mas não os vejo superiores.”