Para Cuca, é momento de o Coritiba embalar

O Coritiba não conseguiu "embalar" no campeonato brasileiro – o time está alternando vitórias e derrotas (só teve um empate até agora). Mas se esse embalo ainda não chegou, o técnico Cuca prevê que o momento é agora. São três partidas, contra Paysandu, Atlético e Botafogo, para o Coxa conseguir acabar com a instabilidade e ter maior tranqüilidade na tabela.

O treinador alviverde explica os motivos desta "arrancada". "Nós temos que conseguir uma vitória sobre o Paysandu, porque é uma partida em casa, depois temos o clássico e o Botafogo, também no Couto Pereira. É a hora certa de conseguirmos três bons resultados", comenta Cuca. "Nós precisamos disto para provar que temos condições de chegar longe neste brasileiro", completa o zagueiro Flávio.

Ele, ao lado do capitão Reginaldo Nascimento, são os jogadores com mais "serviços prestados" ao Coritiba. E Flávio sabe que os mais experientes precisam dar o tom da recuperação do time. "É nossa responsabilidade fazer isto. Nós temos bons jogadores, e os garotos nos surpreendem a cada dia pela personalidade. Por isso eu acredito que vamos conseguir as vitórias consecutivas", diz.

Flávio teve as referências de experiência no próprio Coritiba. "Em 1998, quando fizemos uma boa campanha no brasileiro, contávamos com o Régis, o Gélson Baresi, o João Santos e o Sandoval", lembra. "E eles nos passavam muita segurança. Nós, que somos os jogadores experientes deste grupo, precisamos fazer a mesma coisa para os mais jovens", completa o zagueiro.

Cuca espera esta recuperação com ansiedade, pois projeta uma melhora de aproveitamento. "Nós estamos tentando manter o Coritiba com um rendimento de 50%. Assim, teríamos a condição de disputar uma posição na Copa Sul-Americana. Chegando a um aproveitamento entre 65% e 68%, estaremos lutando por uma das vagas para a Libertadores", afirma.

Para ter este rendimento (hoje é de 48,1%), o Coritiba precisaria estar com dezoito pontos – que lhe daria, no momento, a terceira colocação. Sabendo disso, Cuca voltou a bater na tecla das falhas da arbitragem. "Podem até me chamar de chorão, mas se tivéssemos os pontos que perdemos contra o Vasco e o Goiás estaríamos com dezoito", reclama.

Mas, acima de tudo, o treinador e os jogadores sabem que chegou a hora de esquecer os problemas e conseguir a vitória no sábado contra o Paysandu. "Vai ser um resultado muito importante. Estamos precisando vencer em casa", admite o atacante Alexandre. "Chegou a hora da gente embalar", finaliza Flávio.

Brum, de férias, faz visita de cortesia

O Senador voltou – mas foi somente para uma visita. O volante Roberto Brum, um dos ídolos da Acadêmica de Coimbra, aproveitou as férias para passar por Curitiba e visitar o CT da Graciosa. Foi festejado pelos jogadores e pelo técnico Cuca (que chegou a chamá-lo de ?Imperador?), e confessou que deseja voltar para o Coritiba, quem sabe logo depois do final de seu contrato com o clube português.

Brum foi um dos heróis da Acadêmica na recuperação da equipe no campeonato nacional. Quando ele e os outros ex-coxas Marcel, Lira e Danilo chegaram a Coimbra, o time era o lanterna. ?Nós conseguimos uma ótima recuperação e batemos o recorde de vitórias consecutivas da equipe. Foram doze seguidas?, conta o Senador, que aproveitou para entrar na onda de ?embalo? do Coxa. ?Espero que o Coritiba consiga algo parecido.?

Além de ajudar a equipe, o volante aproveitou a primeira temporada na Europa para conhecer a história de Coimbra. ?É um lugar ótimo, porque respira cultura. É a primeira cidade de Portugal que teve uma universidade. E é cidade-irmã de Curitiba?, conta Roberto Brum, que também já sabe que Curitiba é a ?Coimbra brasileira?, por causa da nossa Universidade Federal do Paraná, a primeira do País.

E por causa do carinho pela capital paranaense que o Senador passou por aqui. ?Eu tenho muita saudade daqui. E a minha família também. A (filha) Brenda gostava muito da escola onde estava, a gente tem amigos e lugares que sente falta. Eu gosto muito de Curitiba?, diz, bem ao seu estilo. E voltar ao Coritiba? ?É algo que eu quero, mas no momento é complicado pensar, porque tenho um contrato com a Acadêmica por mais três temporadas. Mas o desejo de retornar para cá permanece?, resume.

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