O técnico Rogério Ceni afirmou que não ouviu o desabafo de Lucão após a derrota do São Paulo em casa para o Atlético-MG, por 2 a 1, neste domingo à tarde, quando o zagueiro disse que logo vai embora do clube “para alegria de muitos torcedores”. Ceni, porém, avisou que as vaias não podem desestabilizar qualquer atleta do elenco.

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“Não ouvi, mas lamento que ele dê esse tipo de declaração, porque vaias e aplausos são do jogo. Ele é um patrimônio do clube e prefiro ver melhor exatamente as palavras que ele usou. É sempre ruim quando você é vaiado, mas tem de ter cabeça no lugar para não dar uma declaração que não possa se arrepender futuramente. Eu sou de uma época em que, independentemente de vaias, era sempre muito especial jogar pelo São Paulo. Queria que ele tivesse também esse tipo de sentimento”, explicou.

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Para o treinador, até o erro aos 35 minutos do segundo tempo, que culminou no gol de Rafael Moura, Lucão não tinha comprometido. “Ele vinha fazendo um bom jogo. Na hora de fazer a troca, o Militão já havia reclamado de cansaço no outro jogo. Até a hora do gol, o torcedor não havia vaiado ele ainda. E ele vinha fazendo um bom jogo. É que acaba tendo um erro e aí as vaias aconteceram”, comentou.

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O treinador garante que seu titular não tem problema técnico e reiteradas vezes já colocou publicamente que gosta muito do futebol de Lucão. Perguntado se o aspecto emocional tem atrapalhado, Ceni diz que pode afetar. “O lado emocional pode ter uma influência, mas, independentemente dos erros individuais, a responsabilidade é minha, pois sou eu que escolho sistema de jogo e as peças”, admitiu.