Na semana em que o Botafogo pagou um mês de salários atrasados e o meia Carlos Alberto deixou o time por não receber há três meses, assim como os demais jogadores, o presidente do clube, Bebeto de Freitas, atribuiu o atraso no pagamento dos salários à crise financeira mundial.
“Não deixei de pagar porque não tinha de onde conseguir recursos e, sim, porque tivemos problemas com a liberação deles. Trabalhamos em um sistema de securitização dos ativos. Porém, com a crise mundial, os bancos não têm feito essa transação. Até agosto desse ano estávamos em dia e só aconteceu esse problema por conta da crise”, afirmou o dirigente.
Bebeto de Freitas também declarou estar buscando garantir os salários dos jogadores e reclamou do tratamento do assunto pela imprensa. “Desde que começaram esses problemas, a coisa que eu mais tenho feito é correr atrás dos bancos e de formas para levantarmos esse dinheiro”, disse.
“Porém, ao invés de falar de salários, vocês deveriam lembrar que fazemos a melhor campanha no Brasileiro desde 1995. É sempre um bombardeamento de notícias ruins. Quando abro o jornal, parece que estamos brigando para não cair”, explicou.
Em relação à saída de Carlos Alberto, o presidente informou que os jogadores já sabiam dessa explicação desde setembro, quando a crise teria começado a afetar as finanças do clube. “Desde que soube dessa crise e dos problemas, fui até o treino e conversei com todos os jogadores e comissão técnica. Eles já estão sabendo e não tem dúvida de que estou fazendo meu melhor. Toda noite penso nisso”, declarou.