Para associação de jornalistas, Maracanã não é seguro

A Associação Internacional de Jornalistas Esportivos alerta que a segurança da imprensa na Copa do Mundo não existe, ataca a Fifa e pede que a entidade garanta a segurança dos profissionais durante o evento no Brasil. Na quarta-feira, um grupo de quase 200 torcedores chilenos sem ingressos invadiu o Maracanã, criando pânico no centro de imprensa, correria e destruindo paredes.

Em uma carta enviada para a Fifa, a entidade criticou a preparação dos organizadores para receber o evento e os mais de 18 mil jornalistas. “Como presidente da AIPS, escrevo diante das sérias preocupações depois do incidente no Maracanã”, declarou Gianni Merlo, presidente da entidade.

“Ainda que aceitamos e acreditamos na boa vontade dos funcionários da Fifa e do Comitê Organizador Local, é lamentável que a segurança real de nossos colegas esteja ausente”, escreveu.

O que a entidade teme é que, diante da demonstração de que existem sérias falhas na segurança, outros grupos tentem repetir a invasão. “Todo incidente leva à possibilidade de que haja quem queira copiar”, alertou Merlo. “Pedimos à Fifa para garantir que o foco do pessoal de segurança da Fifa esteja direcionado a uma segurança real, para o bem dos jornalistas”, apelou.

A entidade ainda criticou a problemas com armários, falta de alimentos nos estádios e o confisco de itens de trabalho de jornalistas, como cabides de roupas de apresentadores de televisão.

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