Pança proeminente de Dieguito serviu de arma

Buenos Aires – Os 110 quilos acumulados nos escassos 1,66 de altura proporcionaram ao ex-jogador de futebol argentino, Diego Armando Maradona, um avantajado ventre que constituiu uma eficaz arma para enfrentar-se com a equipe de psiquiatras e enfermeiros da Clinica del Parque, na zona oeste da Grande Buenos Aires, onde esteve internado até dias atrás.

Um grupo de médicos da clínica declarou ao tradicional jornal La Nación que nos primeiros dias em que esteve internado, Maradona – contrariado e furioso – os atacava com certeiros “panzazos” (barrigaços). Durante cinco meses, Maradona esteve internado na Clínica del Parque.

No início desta semana partiu para Havana, Cuba, onde foi internado do Centro de Saúde Mental (Cesam). Os médicos – que estão sendo criticados por terem quebrado o sigilo médico – afirmaram que Maradona é um paciente que não tem consciência de sua grave doença. Para complicar, explicaram, o ex-jogador estava sempre na defensiva. “Ele é uma pessoa que foi muito prejudicada”, analisaram.

Além disso, sustentaram que o obeso ex-jogador era dominado por uma compulsão a comer. “Era difícil controlá-lo”, explicaram os médicos, que também revelaram que o insaciável ex-atleta era abastecido clandestinamente de comida por parentes e amigos que o visitavam na clínica. Um dos principais elementos desse contrabando gastronômico eram pizzas, que devorava imediatamente.

Segundo os médicos, os amigos de Maradona tentaram convencer a clínica para que esta autorizasse que o ex-jogador recebesse visitas com a intenção de proporcionar-lhe momentos de sexo. Mas, a clínica recusou-se.

Os médicos também contaram que o ex-jogador deu o calote na clínica, já que dos cinco meses em que esteve internado, apenas pagou o equivalente a dois meses e meio.

Amarrado

Maradona também tinha sua lista de observações sobre o período que passou na clínica. Em declarações à revista Gente afirma que os últimos cinco meses em Buenos Aires foram um “pesadelo”. Segundo ele, era necessário “aumentar o volume da TV para não ouvir os gritos dos outros pacientes internados”.

O ex-astro sustenta que ali, ele foi “tratado como um louco” e “amarrado”. Segundo ele, “aquilo era um hospício”. Maradona afirmou que é difícil deixar a droga: “é uma luta diária”. Além disso, admitiu que esteve “entre a vida e a morte” e que salvou-se por pouco. “O Barba (forma como ele se refere a Deus) não me quis lá em cima. Não era minha hora”, explicou.

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