O meia Alejandro Guerra, do Palmeiras, anunciou nesta segunda-feira a aposentadoria da seleção da Venezuela. Aos 32 anos, o jogador defendia as cores do país desde 2006 e em comunicado divulgado pela Federação Venezuelana de Futebol (FVF), explicou que tomou a decisão para dar chances a mais jovens e por entender que não tem mais idade para sonhar em disputar uma Copa do Mundo.

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“Eu pensei muito com minha família, meu povo, e o que mais me motivou foi pensar em um bem para a seleção e no meu futuro também. Meu futuro agora não está na seleção, porque eu tenho uma idade em que a motivação de jogar as Eliminatórias é de poder chegar a um Mundial, e eu já não tenho essa motivação”, disse Guerra. A Venezuela já não tem mais chances de sonhar com vaga no Mundial da Rússia.

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O jogador do Palmeiras pediu dispensa da última lista de convocados divulgada pelo técnico Rafael Dudamel, em junho, para dois amistosos nos Estados Unidos. Guerra preferiu permanecer em São Paulo e durante aquele mês, acompanhou à distância a campanha história da seleção sub-20 do país, que foi vice-campeã mundial da categoria, ao perder a decisão para a Inglaterra.

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O resultado positivo contribuiu para a decisão da aposentadoria. “Vendo o trabalho que tem feito a comissão técnica da seleção e da equipe sub-20, inclusive do Mundial que fizeram, minha decisão me dá a certeza que em um futuro imediato há um bom trabalho em curso, por tudo o que os garotos estão fazendo”, comentou. O jogador é um único venezuelano a ter ganho a Copa Libertadores, feito obtido ano passado com o Atlético Nacional.

Mesmo fora da seleção, Guerra disse torcer para que o apoio à equipe ajude a Venezuela a superar o difícil momento político que atravessa. “Não é segredo para ninguém o que se passa em nosso país e a seleção é um bom espaço para nos unirmos. Com vitórias nesses jogos das Eliminatórias, a Venezuela pode se unir e ser empurrada para o mesmo lado”, afirmou.