“Tenho experiência em situação assim, mas também tenho limites. Seguramente, a diretoria, a torcida, todos têm limites”. Esta frase dita pelo técnico argentino Ricardo Gareca mostra bem o quanto o treinador se sente pressionado com a má fase do Palmeiras e a vitória diante do Sport, nesta quarta-feira, às 19h30, na Arena Pernambuco, no Recife, pela 16.ª rodada do Campeonato Brasileiro, se torna ainda mais necessária após a clara insatisfação do treinador.
O temor da diretoria é que mais um tropeço faça o treinador desistir, largar tudo e voltar para a Argentina, algo que seria um desastre para os dirigentes, que apostam tudo no argentino para dar a volta por cima e sair da zona de rebaixamento.
Como se já não bastasse a derrota por 2 a 1 para o São Paulo e as nove rodadas sem uma vitória no Brasileirão, o treinador tem que administrar também a perda de Valdivia, que parecia ter voltado para ajudar os companheiros, mas sofreu uma lesão no clássico e só volta daqui um mês. No fim do ano, o chileno ainda vai passar por cirurgia no nariz. Outro desfalque é o zagueiro Lúcio, suspenso.
Ricardo Gareca não tem nenhum jogador com a categoria do chileno e nem a força e liderança do zagueiro. Então, talvez em sua última tentativa em fazer a equipe mostrar algo diferente e conseguir um resultado positivo, ele recorre a uma dupla que está em baixa, mas pode se reerguer junto com a equipe.
Na defesa, Victorino estreia como titular. Ele não joga uma partida oficial desde setembro de 2012, quando ainda defendia o Cruzeiro. Neste período, sofreu sucessivas lesões e só voltou a atuar alguns minutos no amistoso contra a Fiorentina, no último dia 30.
Outra novidade é o volante Wesley. Ele perdeu a posição no time depois do jogo contra o Atlético Mineiro e no clássico ficou apenas no banco de reservas. O lógico seria a entrada de Felipe Menezes no lugar de Valdivia, mas o meia há tempos não tem dado conta do recado.