São Paulo – Num clássico histórico, emocionante, o favoritismo do até então invicto Palmeiras caiu diante do jogo cadenciado do São Paulo. Os palmeirenses pareciam mais afoitos, chegaram mais vezes com perigo ao ataque, mas foram os são-paulinos, com melhor domínio do meio-de-campo, que fizeram 4 a 2 e levaram a equipe a 10 pontos no Campeonato Paulista. Ainda com 15 e com um jogo a menos, o time de Emerson Leão é o terceiro da competição.
Há nove anos o São Paulo não perde para o Palmeiras no Paulista e fez por merecer manter o tabu. Thiago, revelação de 19 anos, entrou no lugar de Aloísio e, pela lógica, não há mais sentido em seu retorno ao banco de reservas. Marcou dois gols e foi fundamental na vitória. Alex Dias, vindo do Vasco, estreou e fez bonito. Deu chapéu, bons toques e chegou perto de abrir o placar.
Foi Alex Dias quem puxou o contra-ataque são-paulino e fez o passe para Danilo, que, num chute certeiro, abriu o placar aos 44? do 1.º tempo.
O lance do gol resumiu bem o jogo, com chances dos dois lados. Correa teve boa oportunidade em cobrança de falta, errou e o São Paulo aproveitou. Danilo recebeu passe de Alex Dias e fuzilou com a perna esquerda.
Um jogo empolgante: primeiro tempo de grandes lances; segundo, de vários gols. Marcos, candidato em campanha à seleção brasileira que vai à Copa, tentou o que pôde para incentivar o time, além de grandes defesas. Do outro lado, Bosco, reserva de outro pleiteante a camisa 1 nacional, Rogério Ceni, contundido, não ficou atrás. Não tiveram culpa na chuva de gols do fim do confronto.
O segundo tempo começou eletrizante e mais equilibrado. Se o Palmeiras teve duas bolas, com Paulo Baier e Washington, o São Paulo teve o gol (corretamente anulado) de Alex Dias.
Thiago, aos 23?, ampliou para o São Paulo. Depois de cobrança de escanteio, Marcos espalmou, Lúcio não dominou e a revelação do Morumbi fez 2 a 0.
Aos 31, Daniel diminuiu a diferença.
Júnior e Thiago fizeram o lance do 3.º. Thiago bateu forte aos 33?: 3 a 1.
Ainda houve dois gols, um de cada lado, para dar mais qualidade ao clássico. Edmundo marcou de pênalti e Mineiro fechou a goleada.
Tudo igual em Campinas
Campinas – Com um início eletrizante, quando saíram três gols em apenas cinco minutos, Ponte Preta e Guarani disputaram o dérbi de número 180, ontem, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e o empate de 2 a 2 acabou sendo o mais justo. Após a sétima rodada do Campeonato Paulista, o Guarani ainda tem uma leve vantagem sobre o rival, somando nove pontos (11.º lugar) contra sete da Ponte (14.º). No retrospecto,
o Guarani está na frente com 63 vitórias, 57 derrotas e 60 empates.
Armado no esquema 4-4-2, o Guarani optou em usar três volantes com Umberto na vaga do meia Élvis. E o time orientado por Luiz Carlos Ferreira entrou em alta velocidade, abrindo o placar no primeiro minuto, quando Edmilson pegou de bicicleta
o cruzamento de Rodrigo Sá. Dois minutos depois, a defesa ponte-pretana vacilou na marcação e Fabiano apenas rolou de lado para o chute cruzado de Bilu: 2 a 0.
Mas a Ponte, que usou o esquema 4-5-1, não desanimou e partiu atrás da reação. Aos 5 minutos, diminuiu quando o goleiro Fernando segurou Luís Mário dentro da área. Na cobrança de pênalti, Élson deslocou o goleiro: 2 a 1.
A pressão continuou e, apoiado pela torcida, a Ponte empatou aos 25 minutos, quando Luís Mário tocou de calcanhar para Luciano Baiano, que invadiu a área, trocou de pé e bateu de esquerda. A bola desviou em Sandro e tirou o goleiro Fernando da jogada.
No começo do segundo tempo, Mariano entrou na vaga do lateral-esquerdo Daniel com a missão de impedir os avanços de Luciano Baiano, o melhor em campo pelo lado da Ponte. Era sinal de que os times iriam se preocupar mais com a marcação. Mas ambos ainda se arriscaram ao ataque, sem contudo conseguir mudar a história do jogo.