A folga no calendário de 2019 vem em boa hora para o Palmeiras. Depois de ter vencido o Junior Barranquilla por 3 a 0, pela Copa Libertadores, na quarta-feira, a equipe terá 15 dias livres no calendário. Para o clube, o intervalo vem em momento adequado tanto para se preparar para o início do Campeonato Brasileiro, como para acalmar o ambiente após o incidente com o ônibus do time.
Antes do jogo contra a equipe da Colômbia, o veículo que trazia os jogadores recebeu pedradas e garrafadas. Ninguém se feriu. No entanto, alguns atletas ficaram assustados, chegaram a chorar e a comissão técnica teve trabalho no vestiário para fazer os ânimos se acalmarem e manter o time focado para entrar em campo e conseguir conquistar a vitória.
Depois da partida, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que o elenco tratou o incidente com naturalidade e pediu para o episódio não ter visibilidade. “Eu não tenho medo de bandido”, disse. Em nota oficial, a diretoria condenou o episódio. “O lamentável ataque ao ônibus da delegação foi denunciado à Polícia Militar para que sejam tomadas as devidas providências com nossa total colaboração”, informou o texto publicado pelo clube.
O Palmeiras terá como próximo compromisso o jogo contra o Melgar, no Peru, no próximo dia 25, pela Libertadores. Se empatar, o time garante vaga nas oitavas de final. A pausa de duas semanas vem como um remédio para o clube apaziguar os ânimos e evitar novos conflitos com a torcida. O time só volta a atuar como mandante no dia 28, na estreia pelo Brasileirão, contra o Fortaleza.
O planejamento para as próximas semanas está definido. Treinos fechados na Academia de Futebol, em São Paulo, com ênfase na parte física no primeiro momento e, depois, enfoque em atividades táticas. O clube espera que as duas semanas sem compromissos possam amenizar a tensão criada nos últimos dias e que o elenco possa retomar a tranquilidade para o restante das competições no calendário.
Felipão pretende recuperar jogadores que estão com problemas físicos decorrentes de lesões ou da maratona de jogos. Marcos Rocha, Ricardo Goulart e Carlos Eduardo são os principais nomes nessa lista. “Vamos ter o começo de uma etapa em que todos os jogadores vão precisar estar bem fisicamente e tecnicamente. Nós vamos ter que rodar a equipe. Os jogadores sabem que não vão jogar todos os jogos. Eles têm a confiança em mim”, comentou o técnico.