Nas últimas semanas, a casa dos jogadores do Palmeiras têm sido os hotéis e a família, os companheiros de elenco. A sequência de quatro partidas fora de casa, com viagens frequentes e sem retorno para São Paulo, deixou de parecer um problema para virar uma aliada no trabalho da comissão técnica de fortalecer o ambiente de equipe neste reta decisiva de temporada.
O Palmeiras esteve nesta semana em Santiago para jogo da Copa Libertadores, de lá seguiu direto para Recife, onde enfrentará o Sport, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, e depois vai para Belo Horizonte, local da partida de quarta-feira com o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. A volta para São Paulo será só na quinta-feira, depois de nove dias longe.
A sequência de deslocamentos sem retorno para casa foi uma forma, claro, de se evitar o desgaste e facilitar a logística. Porém, também é uma maneira de deixar o elenco junto por mais tempo, ao propiciar mais convivência. “Rompemos barreiras de convivência que existiam há um tempo. Criamos intimidade e cumplicidade entre eles. Isso nos ajudou bastante, ter um ambiente agradável e bem melhor do que o ambiente carregado do ano passado”, disse o diretor de futebol, Alexandre Mattos, em entrevista ao SporTV nesta semana.
O técnico Luiz Felipe Scolari gosta de nos seus trabalhos formar um ambiente de união entre o grupo. Na Copa de 2002, por exemplo, a seleção brasileira ganhou o apelido de “Família Scolari”. O Palmeiras atual tem aspectos parecidos ao do elenco pentacampeão mundial. Ao promover um rodízio de titulares entre competições e dar chances para vários atletas, o treinador conseguiu dar protagonismo a vários jogadores.
“Está todo mundo com esse intuito de ajudar. Seja quem joga ou quem não joga. Isso faz com que um time consiga essas vitórias. Tomara que a gente possa conquistar mais ainda”, disse o zagueiro Edu Dracena. “É um grupo em que todos os jogadores se respeitam e todos querem ser campeões. Mesmo quem está no banco nos ajuda e nos incentiva”, completou.