São Paulo – O Palmeiras apenas cumpriu a sua obrigação na abertura da primeira fase da Copa Libertadores. Venceu o fraco Deportivo Táchira, da Venezuela, por 2 a 0, ontem à noite, no festivo Estádio Palestra Itália. Na próxima quarta-feira, faz o jogo de volta em San Cristóbal com a vantagem de poder perder por até um gol de diferença para se classificar ao grupo de elite da competição sul-americana.
A torcida – pouco mais de 28 mil pessoas – teve paciência com o time. Incentivou muito, cantou, mas saiu do Palestra desconfiada. O primeiro tempo não foi nada animador nem trouxe muita esperança ao torcedor sobre o futuro do Palmeiras na Libertadores. Nenhum setor do time funcionou. Defesa desatenta, meio-de-campo sem sintonia e um ataque inútil.
Nem mesmo a aclamada experiência do time, média de 30 anos de idade, valeu de alguma coisa. Edmundo, o condutor do expresso, foi quem mais errou. Ele fez o Palmeiras centralizar o jogo diante de um paredão blindado com duas linhas de quatro venezuelanos. E asfixiou o seu time e torcida.
As coisas só começaram a clarear quando Paulo Baier, da direita, achou Marcinho do outro lado e lançou por cima do paredão. Marcinho, impedido, dominou a bola e bateu cruzado: 1 a 0, aos 19.
Depois do gol, o Palestra passou a usar mais as laterais na tentativa de ampliar o placar. E expôs toda a sua desorganização. Sorte de ?São Marcos? que a bola sobrava para Rondón, aquele que o São Paulo trouxe e não usou.
Na volta para o segundo tempo, Leão trocou Edmundo por Gioino e Corrêa por Reinaldo.
?Não estava gostando, tinha domínio da partida.
O Corrêa não subia, o Edmundo estava errando muito, oferecendo o . Isso não pode acontecer com um time maduro?, explicou Leão.
Reinaldo entrou para dar mais liberdade a Baier. E Gioino para aproveitar o jogo aéreo. Com três minutos, Reinaldo sofreu falta na lateral. Baier cobrou. Gioino disputou no alto com Morales, fez falta no goleiro e a bola sobrou para Gamarra mandar para a rede: 2 a 0.