Com direito a um estádio do Pacaembu lotado (a expectativa é de que cerca de 32 mil torcedores estejam presentes), Palmeiras e Santos devem protagonizar um clássico eletrizante neste domingo, às 16 horas, pela 29.ª rodada do Campeonato Brasileiro, naquele que pode ser o último “Clássico da Saudade” – como é conhecido esse dérbi – no estádio municipal de São Paulo. Os times entram em campo com necessidades e, provavelmente, posturas diferentes.

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No lado verde do jogo, Dorival Júnior quer a vitória para consolidar uma nova fase da equipe e, dependendo de outros resultados, se afastar ainda mais da zona de rebaixamento. O treinador já deixou claro em entrevistas coletivas que não está confortável ainda com a posição da equipe, que começou a rodada com quatro pontos de distância da zona da degola.

Enderson Moreira, técnico do Santos, ainda não jogou a toalha na briga para entrar no G4. A distância é de sete pontos. Portanto, um tropeço neste domingo deixa a situação quase irreversível.

Em comum, o fato de ambos apostarem nos ataques que vivem um grande momento. No Palmeiras, Henrique briga pela artilharia do nacional e tem 13 gols. Seu companheiro, Cristaldo, ganhou a vaga de Leandro e parece ter se tornado o preferido do treinador. O Santos aposta em três atacantes. A estrela Robinho, o oportunista Gabriel e Geuvânio, que deu a volta por cima e voltou a aparecer bem.

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A postura das equipes com a bola rolando também deve ser um contraste. A ideia de Dorival Júnior é tentar não acelerar demais o jogo, já que o adversário tem como ponto forte a velocidade de seus atacantes. Valdivia será fundamental para ditar o ritmo da equipe e segurar a bola, como quer o treinador. No Santos, além de colocar velocidade, a ordem é pressionar para abrir logo o placar e transformar o apoio, que o Palmeiras deve ter das arquibancadas, em pressão contra.

Em relação às equipes, outra diferença. Dorival Júnior parece ter encontrado sua “formação ideal” e só tem mexido no time quando existe a necessidade, seja por lesão ou suspensão. Neste domingo, dos possíveis titulares, todos estão à disposição. Juninho e Lúcio sentiram dores musculares, mas devem atuar.

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Enquanto isso, Enderson Moreira espera ter encontrado os seus 11 preferidos. Ele escalou 12 formações distintas em 12 jogos no comando do Santos, mas a postura da equipe na goleada por 5 a 0 em cima do Botafogo, na última quinta-feira, no Pacaembu, parece ter agradado ao treinador.

ROBINHO VOLTA – Desta vez, ele só não vai repetir a equipe porque Robinho está de volta da seleção brasileira e tem lugar garantido. Outra mudança é obrigatória. Cicinho cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo e Victor Ferraz será o lateral-direito.

Enderson Moreira está preocupado com o desgaste do time que vai disputar dois jogos em três dias, enquanto que o Palmeiras teve a semana inteira para recuperar jogadores, se preparar e descansar. “É um clássico, um jogo especial. Evidente que a equipe que está se preparando a semana toda para esse confronto tem a vantagem”, disse o treinador santista.

Dorival Júnior acredita que a facilidade do jogo que o Santos teve diante do Botafogo não exigiu muito fisicamente dos atletas. “O Santos não teve um jogo desgastante. Foi um jogo trabalhado e com posse de bola”. Apesar da goleada sobre o Botafogo, no Brasileirão o Santos vem de uma derrota (3 a 0) para o Criciúma.