São Paulo – Antes do clássico entre Palmeiras e Santos, ouviu-se de tudo. Que o Palmeiras tinha de provar que não é equipe de segunda ou que alguns jogadores tremeriam por jogar pela primeira vez no Morumbi. Tudo bobagem. “Não tem mais essa história de sentir o peso de jogar aqui ou ali”, disse o técnico do Palmeiras, Jair Picerni. O que se viu ontem no Morumbi foi aquilo que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso poderia esperar de dois times entrosados. Um jogo disputado, cheio de alternativas, que terminou empatado por 2 a 2, resultado justo pelo desempenho demonstrado pelos palmeirenses no primeiro tempo e pelos santistas no segundo. Com o empate, a equipe santista segue líder do grupo 2, com oito pontos, enquanto o Palmeiras vem logo atrás com um ponto a menos.
E quem respirou aliviado ao final do jogo foi o atacante Vágner, do Palmeiras. Por muito pouco deixou de viver o papel de mocinho para se transformar no vilão do domingo. Apesar de marcar o segundo gol aos 30 minutos do primeiro tempo (Magrão abriu o placar aos 4), após falha de Paulo Almeida, Vágner perdeu duas grandes chances, além de um pênalti chutado para fora. Na etapa final, quando o Santos dominava, voltou a desperdiçar oportunidade frente a frente com o goleiro Júlio Sérgio. Mais uma vez errou o gol.
Bom para o Santos. O fraco poder de finalização do ataque adversário – Muñoz pouco produziu também -, aliado aos puxões de orelha e às boas mudanças efetuadas pelo técnico Emerson Leão no intervalo modificaram a situação da partida. Diego e Paulo Almeida deixaram o campo e foram substituídos por Basílio e Claiton, respectivamente. O time da Baixada ganhou poder de marcação e rapidez na frente. Robinho passou a atuar mais avançado e descontou aos 14. Com Claiton no meio, Renato teve mais liberdade para apoiar. O resultado veio aos 34, quando o volante empatou de cabeça.
A partida foi marcada também por um duelo de extremos. De um lado o goleiro Marcos, do Palmeiras, que manteve a fama de aparecer bem em momentos delicados. Do outro lado, porém, esteve o atacante Róbson, do Santos. Apelidado de “Robgol”, o jogador se escondeu atrás da marcação palmeirense. Lento, teve apenas uma chance, no último minuto, que desperdiçou por chegar tarde na bola. “A gente deu bobeira no segundo tempo. Mas clássico é sempre assim, muito disputado. O resultado foi normal”, afirmou Marcos.
