O Palmeiras confirmou nesta terça-feira a decisão de não aceitar passivamente a suspensão de dois jogos do técnico Luiz Felipe Scolari e vai entrar com um recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Na noite de segunda-feira, o treinador foi julgado e punido pela expulsão na derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no dia 19 de setembro. O clube reclamou da forma como transcorreu o julgamento.

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“De uma forma geral, o julgamento foi muito estranho e não transcorreu de forma técnica. Estranhamos bastante o fato de o STJD não ter aceitado nossa prova de áudio. Era a prova mais eficaz e contundente da defesa. Considerando que se tratava de uma suposta infração cometida verbalmente, a prova de áudio era essencial para comprovar a inexistência da infração. Trata-se de um claro cerceamento de defesa, que leva à nulidade do julgamento”, afirmou o advogado do departamento jurídico de futebol, André Sica.

O advogado palmeirense também considerou desproporcional a suspensão imposta a Felipão, avaliando que outros treinadores receberam penas mais brandas em situações semelhantes. “Não é comum o rigor com que o STJD julgou o Felipão. A grande maioria dos técnicos, na mesma situação, são absolvidos ou levam penas mais brandas”, disse.

Suspenso por dois jogos, Felipão não poderá dirigir o Palmeiras do banco de reservas nas partidas contra Avaí, na quinta-feira, no Estádio do Pacaembu, e Botafogo, no domingo, no Estádio do Engenhão.

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