No clássico dos melhores ataques do Campeonato Paulista, o São Paulo falhou muito na defesa, o Palmeiras brilhou na frente e ganhou por 3 a 0, no Allianz Parque. O time alviverde contou neste sábado com o talento de seus jogadores para quebrar uma sequência de nove partidas sem derrota do rival, que não teve o meia Cueva e sentiu bastante a ausência do peruano.
Com o resultado, o Palmeiras manteve um aproveitamento de 100% sobre o São Paulo no novo estádio. Até agora, são quatro partidas e quatro vitórias, sendo que o time da casa marcou 12 gols no total e não sofreu nenhum.
Mesmo com um placar de muitos gols no duelo, no início, o jogo deste sábado foi bem monótono. Apesar de terem ataques eficientes no Estadual, tanto Palmeiras quanto São Paulo começaram a partida priorizando a marcação e a cautela. Os dois times arriscavam pouco e não demonstravam o mesmo ímpeto de partir para o gol como ocorrera em outras partidas diante de adversários diferentes.
O Palmeiras tinha uma defesa bem postada, dois volantes, três meias e Willian isolado na frente. O time fazia uma marcação pressão na saída de bola e tentava atacar em velocidade quando conseguia os desarmes. A estratégia era sufocar o adversário em seu campo de defesa para tentar tirar vantagem disso.
O São Paulo, por sua vez, mudou radicalmente em relação a outros confrontos. O time não pressionava a saída de bola do rival e preferia jogar mais compactado na defesa e no meio. Assim, quando se defendia ficava no 4-1-4-1, com Jucilei fazendo a função de primeiro volante, e no ataque procurava atacar com jogadores pelas pontas, com Thiago Mendes na direita e Luiz Araújo na esquerda.
Só que apesar da fama ofensiva das equipes, o jogo foi truncado, com muitas faltas e reclamações. Tanto que os times demoraram a chegar no ataque e os goleiros só trabalharam em jogadas de bola parada. Mas aos 45 minutos, Douglas tocou para Buffarini, que perdeu a bola na intermediária. Duda recebeu o presente e mandou por cobertura, abrindo o placar em um golaço por cima de Denis.
No segundo tempo, o técnico Rogério Ceni sacou Jucilei e colocou Wellington Nem. Com isso, o time perdeu seu principal protetor da zaga. E não demorou para o Palmeiras fazer o segundo, com Tchê Tchê, que chutou a entrada da área e levantou a torcida no estádio. Perdido, o São Paulo não conseguia criar jogadas na frente e o Palmeiras dominava o duelo.
Para tentar diminuir a vantagem do Palmeiras, o São Paulo se lançou ao ataque e ficou exposto aos contragolpes. Aos 25, Borja foi lançado, tocou a bola na saída de Denis e ela ficou livre para Guerra empurrar para o gol vazio. A partir daí, Ceni fechou um pouco o time para evitar que sofresse mais gols, mas a torcida palmeirense fez festa até o final, gritando “olé” em alguns momentos.
Após o clássico, Palmeiras e São Paulo seguem na liderança dos seus grupos no Paulistão, com 18 e 14 pontos, respectivamente. No meio de semana, os times terão compromissos por outros torneios. O Palmeiras receberá o Jorge Wilstermann na quarta-feira pela Copa Libertadores, mesmo dia em que o São Paulo visitará o ABC pela Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 3 x 0 SÃO PAULO
PALMEIRAS – Fernando Prass; Fabiano (Jean), Mina, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Tchê Tchê, Guerra, Michel Bastos e Dudu (Keno); Willian (Borja). Técnico: Eduardo Baptista
SÃO PAULO – Denis; Buffarini, Douglas, Rodrigo Caio e Junior Tavares; Jucilei (Wellington Nem), João Schmidt (Lucas Fernandes), Thiago Mendes, Cícero e Luiz Araújo (Araruna); Pratto. Técnico: Rogério Ceni
GOLS – Dudu, aos 45 minutos do primeiro tempo; Tchê Tchê, aos dez, e Guerra, aos 25 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
CARTÕES AMARELOS – Michel Bastos, Vitor Hugo, Tchê Tchê (Palmeiras); João Schmidt, Cícero e Rodrigo Caio (São Paulo).
RENDA – R$ 2.309.892,74.
PÚBLICO – 36.090 pagantes.
LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo.