São Paulo – Dez jogos, dez vitórias. Esse é o retrospecto do Palmeiras contra clubes venezuelanos em jogos da Copa Libertadores – uma verdadeira barbada. Apesar disso, os jogadores usam e abusam do discurso de respeito ao Deportivo Táchira, adversário de amanhã, às 21h45, no Palestra Itália, na partida de ida do qualificatório para a fase de grupos da Libertadores.

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O jogo da volta ocorre quarta-feira que vem, em San Cristóbal, na Venezuela. ?Esse negócio de retrospecto é bom para a história do clube, mas nós, jogadores, nem damos bola. O que vale é dentro de campo e lá são 11 contra 11?, diz Marcos.

Segundo o goleiro, não dá para apontar o Palmeiras como favorito, apesar de o Verdão fazer excelente campanha no Paulistão (lidera com 100% de aproveitamento) e o Táchira andar cambaleando no Campeonato Venezuelano. É o sexto, depois de ser goleado sexta-feira por 6 a 2 por um time chamado ?Carabobo FC?. ?Nós ainda temos muito a melhorar. Tanto que ganhamos no sufoco todos os quatro jogos que tivemos. Não nos sobressaímos em nenhum deles. E olha que foram todos contra times pequenos! Por isso, ainda mais em se tratando de um mata-mata, temos que ter muito cuidado?, diz Marcos, campeão da Libertadores em 99. ?Mesmo se golearmos aqui, o jogo lá pode ser difícil, por causa da pressão da torcida deles.?

Retrospecto

Marcos esbanja humildade, mas o fato é que a história só registra vitórias do Palmeiras. Os quatro primeiros duelos contra clubes daquele país aconteceram na Libertadores de 1968: foram duas vitórias sobre o Deportivo Galícia (2 a 1 e 2 a 0) e outras duas sobre o Deportivo Portugués (2 a 1 e 3 a 0). Na Libertadores de 1971, mais duas vitórias sobre o Deportivo Galícia (3 a 2 e 3 a 0) e outras duas sobre o Deportivo Itália (3 a 0 e 1 a 0). O goleiro palmeirense era Leão. Os dois últimos jogos contra um clube venezuelano aconteceram ano passado, diante do próprio Táchira, na fase de grupos do torneio: 3 a 0 no Palestra Itália, em 10 de março, e 2 a 1 em San Cristóbal, dia 4 de maio. No primeiro jogo, Warley, Osmar e Kloker (contra) fizeram os gols do Palmeiras. No segundo marcaram Osmar (atualmente no Morelia, do México) e Ricardinho (rebaixado para o time B, após acusar a diretoria de travar seu reempréstimo para o Grêmio).

Juninho e Enílton

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O técnico Emerson Leão não poderá contar com o meia Juninho, que ainda não conseguiu se recuperar de uma lesão muscular na coxa direita. Para piorar, terá mais um desfalque: o atacante Enílton, que ontem sentiu uma contusão na coxa esquerda.

Ele já havia sentido a lesão durante a vitória sobre o Mogi Mirim por 2 a 1, domingo. No meio-de-campo, Ricardinho deverá ser o substituto de Juninho. No ataque, Washington e Gioino brigam pela vaga.

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Brasileiros entram como favoritos

São Paulo – A taça da 47.ª edição da Libertadores da América tem boas chances de vir para mãos brasileiras. Pela primeira vez, estará no torneio o chamado Trio de Ferro: Corinthians, Palmeiras e o atual campeão, o São Paulo. Os três com chances de brigar pelo título. De quebra, o Brasil terá ainda o Paulista, de Jundiaí, e o Internacional. O Goiás, assim como o Palmeiras, disputa a Pré-Libertadores, espécie de repescagem que começa hoje com Colo Colo x Chivas e Nacional x Universitário.

Sem o Boca Juniors, cinco vezes vencedor da competição e tradicional carrasco de equipes nacionais, o caminho fica mais fácil. Outro time argentino que costuma dar trabalho, o River Plate, entra no torneio longe das melhores condições e terá de participar da repescagem.

O River faz quinta-feira sua primeira partida, contra o Oriente Petrolero, da Bolívia.