A segunda reunião do painel instituído pela Fifa para “restaurar a integridade e a reputação” da entidade, abalada por uma crise institucional sem precedentes, terminou neste domingo em clima de segredo. O grupo optou por não revelar o que foi discutindo ao longo de três dias em Berna, na Suíça, mesmo país onde está localizada a sede da Fifa.
“Foi uma sessão muito positiva, caracterizada por discussões a fundo em todos os aspectos da proposta de reformas que estão sendo preparadas. Farei um relatório de progressos com recomendações concretas para o comitê executivo da Fifa durante a sua reunião extraordinária”, explicou François Carrard, ex-diretor geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), que lidera o grupo. A reunião acontece na próxima terça-feira
O suíço disse esperar que as propostas estejam completas durante a reunião que vai ser realizada entre 19 e 20 de novembro para definir o futuro da governança da Fifa. “Vamos progredindo”, disse ele, sem indicar qual caminho seu grupo vai sugerir que a entidade siga.
Até aqui, as únicas propostas de reformas conhecidas são as de Domenico Scala, que liderou a auditoria realizada em 2012. Ele, que desta vez não faz parte da comissão de Carrard, publicou um estudo no mês passado sugerindo que o Comitê Executivo seja convertido em órgão governante para assuntos estratégicos e que uma junta administrativa tome as decisões diárias.