O prefeito Eduardo Paes (PMDB) elevou o tom das críticas ao governo estadual e afirmou que o município não assumirá novas funções do Estado. Em tom duro, afirmou que o governo deve “tomar vergonha na cara” e “arregaçar as mangas”. As afirmações foram feitas um dia depois do roubo do equipamentos de duas redes de TV alemãs e depois de declarações do secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, em que este se queixou das dificuldades por que passa a pasta, com risco de fechamento de hospitais na Olimpíada. Para o prefeito o “chororô” em torno da crise financeira do Estado está prejudicando a organização da Olimpíada.

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“Já deu. O Estado já passou muita responsabilidade para o município. Eles já receberam dinheiro do governo federal. Está na hora de fazer gestão, de tomar vergonha na cara e cumprir com suas obrigações. É um absurdo um secretário dizer isso a essa altura do campeonato. Vai aprender a gerenciar, vai economizar custo”, afirmou o prefeito que participou na manhã deste sábado de reunião com seus secretários.

De acordo com Paes, se os hospitais fecharem, depois da ajuda do governo federal, “é melhor pedir o boné e ir embora, se demitir”.

O prefeito se referiu ao repasse de R$ 2,9 bilhões do governo federal para a segurança dos Jogos Olímpicos. A ajuda financeira vai permitir ao Estado remanejar recursos financeiros e quitar os salários atrasados de maio dos servidores e pensionistas – o Estado havia pago R$ 1 mil mais a metade do salário. Não havia previsão para o pagamento da outra parcela antes da liberação pelo governo federal. O prefeito lembrou que já assumiu a administração de dois hospitais estaduais.

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Paes também comentou o roubo dos equipamentos de tevê, avaliados em R$ 1,4 milhão. Para o prefeito, “falta comando” às forças de segurança. “A gente passou do ponto. Está no limite, falta o mínimo de comando, não pode virar esse desmando no Rio. Não pode falar que é problema social porque problema social também tem em São Paulo e a gente não vê isso. Tem em Recife, em Belo Horizonte e a gente não vê isso. O que a gente espera das forças policiais do Estado é que elas cumpram suas obrigações. Ao menos essa obrigação.”