São Paulo – O atacante Luís Fabiano tem motivos de sobra para querer agravar ainda mais a crise corintiana. E não esconde de ninguém que o confronto com o rival o deixa especialmente motivado. Não que o jogo tenha grande importância para o futuro da equipe no campeonato paulista, mas para o atacante…
“É um clássico de tradição, ninguém gosta de perder.” Quem não se lembra do último duelo? Apesar dos 3 a 0 para o São Paulo, o artilheiro deixou o Morumbi aborrecido, nervoso. Foi expulso por ter ?esbarrado? a cabeça no zagueiro corintiano Marquinhos – que fez teatro -, discutiu com a juíza Sílvia Regina de Oliveira e acabou suspenso por quatro partidas. Pior: deixou escapar a artilharia do brasileiro por ter ficado parado.
O episódio do ano passado serve de alerta e exemplo para o são-paulino, que, nos cinco jogos de 2004, ainda não recebeu nenhum cartão amarelo. Domingo, terá o grande teste. Já foi informado de que será provocado pelos corintianos, como revelou o próprio Marquinhos.
“Quanto mais eles me provocarem, mais motivação vou ter para fazer gol”, desabafou. “Pô, estou sendo alfinetado por todos os lados. Mas sei que estou badalado por causa dos gols, fico feliz de estar sempre na mídia.” Falta uma semana para que Luís Fabiano ganhe uma aposta de Cuca. O treinador prometeu oferecer para ele e para o restante do elenco um churrasco, caso o atacante não seja expulso até o jogo do próximo sábado, contra o Atlético Sorocaba.
Confiança é o que não falta para o artilheiro do Paulista, com 7 gols. Bem psicologicamente e bem tecnicamente, o maior ídolo do torcedor, ao lado de Rogério Ceni, se diz otimista em marcar o primeiro gol no Morumbi em 2004. Na única vez em que jogou em seu estádio na temporada, o São Paulo não passou de empate por 0 a 0 com a Ponte Preta.
“Espero fazer o primeiro gol no Morumbi. Acho que tenho boas chances, porque é difícil eu passar dois jogos sem marcar”, declarou. Luís Fabiano fez referência à partida de quarta-feira, quando não conseguiu marcar na vitória por 2 a 1 sobre o Alianza, em Lima, pela Libertadores. “Perdi um gol feito contra o Alianza, fiquei inconformado e levo isso para o jogo seguinte.”
Troco
As provocações não se limitam ao lado corintiano. O presidente são-paulino, Marcelo Portugal Gouvêa, afirmou que “logo, logo, a torcida do São Paulo vai ser maior que a do Corinthians” e cutucou o rival Antônio Roque Citadini. “A primeira mostra disso vai ser no domingo.”