A equipe brasileira de vela que disputará os Jogos Olímpicos do Rio-2016 foi apresentada oficialmente no início da tarde desta segunda-feira com a expectativa da conquista de mais de uma medalha na Olimpíada do próximo ano. No total, o Brasil será representado por 15 atletas em nove diferentes classes.
Ao longo de todas as edições de Jogos Olímpicos, a vela se tornou uma das modalidades mais vitoriosas para o País. No total, o Brasil já conquistou 17 medalhas, e a equipe que disputará os Jogos do Rio é apontada como uma das mais fortes, por mesclar atletas já consagrados com uma nova geração que vem conquistando espaço.
“É difícil você comparar gerações, porque em cada Olimpíada a gente teve força em diferentes classes. Mas eu acho que essa equipe é a que talvez tenha a maior chance de medalhas em diferentes classes”, avaliou Robert Scheidt, durante evento realizado pela Confederação Brasileira de Vela no Morro da Urca, zona sul do Rio.
Medalhista olímpico em cinco oportunidades, Scheidt brigará mais uma vez pelo pódio no próximo ano, quando irá competir pela classe Laser. “Vou participar porque considero que ainda tenho condições de competir em alto nível.”
Quem também é apontada como uma das favoritas a uma medalha é a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, da 49erFX. A dupla conquistou recentemente o vice-campeonato do Mundial, disputado na Argentina, e venceu os dois eventos-teste da modalidade realizados na Baía de Guanabara.
“Tudo dá a entender que estamos fazendo um bom trabalho, porque a gente conseguiu cumprir nossas metas para este ano. Queríamos continuar velejando em alto nível, porque sucesso, pra mim, não é ganhar tudo, é saber que a gente está velejando bem”, ponderou Martine.
A dupla não esconde a ansiedade. “Aos poucos está caindo a ficha. Antes a gente nem pensava muito, mas agora com esses eventos, a mídia mais em cima, está dando um friozinho na barriga. Eu tento nem pensar muito nisso, vou deixar bem pra última hora e focar mais no treino”, comentou Martine.
Coordenador da equipe brasileira de vela e cinco vezes medalhista olímpico (ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, prata em Los Angeles-1984 e bronze em Seul-1988 e Sydney-2000, Torben Grael pede cautela, mas comemora o bom momento do iatismo brasileiro. “Temos uma equipe muito boa, com gente muito experiente, que é o caso do Robert (Scheidt) e do Bimba, e gente jovem indo para a primeira Olimpíada, com muito potencial.”