Apostando na evolução natural da equipe, o técnico Otacílio Gonçalves não muda o Paraná Clube para o jogo de amanhã (20h30), frente à Portuguesa, no Canindé. O treinador não esconde o otimismo pelo crescimento da equipe tendo como parâmetro os dois amistosos preparatórios e a estréia no Brasileirão, contra o São Caetano. Coeso, o Tricolor já apresentou força de conjunto e esta participação coletiva foi preponderante para transpor o primeiro obstáculo na competição.
O perfil tático também não será alterado. Com um bloqueio forte no meio-de-campo, a velocidade dos contragolpes será a principal arma do Paraná. Para o sucesso deste esquema, a atuação dos atacantes num primeiro combate à saída de bola do adversário é decisiva. “Roubamos muitas bolas e isso fez com que tivéssemos volume de jogo”, lembrou Sidnei. O volante lembra que o auxílio dos jogadores de frente “desafogaram” o sistema de marcação. “Outro ponto importante é que não nos limitamos a marcar e, com a posse de bola, chegamos no ataque com pelo menos quatro jogadores”.
No treinamento de ontem, Otacílio Gonçalves tentou melhorar a precisão da equipe nas saídas de bola. O trabalho desta manhã não será um simples recreativo. Como sempre acontece, a comissão técnica já aplica situações de jogo tendo por base o comportamento do adversário. O auxiliar técnico Omar Feitosa analisou a Portuguesa no jogo de sábado, em Goiânia (derrota para o Goiás, por 3×1). “Não concordo com aqueles analistas que apontavam a Portuguesa como candidata ao rebaixamento. Eles tem um time experiente”, disse.
A “espionagem” foi centrada em aspectos individuais, pois o Tricolor espera um adversário com um comportamento ofensivo. “Isso não ocorreu no jogo de sábado, onde a Lusa optou por uma postura cautelosa. Eles têm uma boa defesa e um atacante muito perigoso”, destacou. Omar Feitosa já passou detalhes aos outros integrantes da comissão técnica e a alguns jogadores. Novos detalhes serão colocados no treino desta manhã, na Vila Capanema. O time está escalado com Marcos; Luís Paulo, Cristiano Ávalos, Fábio Luís e Fabinho; Sidnei, Leandro, Ronaldo e Alexandre; Maurílio e Márcio.
Otacílio Gonçalves cobrou maior eficiência nos passe e, principalmente, correção nos cruzamentos. O Paraná, no primeiro jogo, teve espaços para as jogadas de linha de fundo, mas Márcio recebeu poucas assistências. Muito pela imprecisão dos laterais Luís Paulo e Fabinho.
Maurílio, 200 jogos no Tricolor
O atacante Maurílio, a partir de amanhã, integra o seleto grupo de jogadores que já vestiram a camisa do Paraná Clube duzentas vezes. É o oitavo jogador do clube a atingir a marca (o grupo conta com Hélcio, Régis, Ageu, Ednelson, Adoílson, Saulo e Marcos). Formado nas categorias de base do extinto Pinheiros, integrou o grupo do Paraná desde a fusão, em dezembro de 1989. O jogador teve participação decisiva no campeonato brasileiro da Série B, conquistado pelo Tricolor em 1992. Depois, transferiu-se para o Palmeiras, onde chegou ao título de bicampeão brasileiro (93/94).
Maurílio conquistou outro título nacional em 1999, pelo Juventude (Copa do Brasil) e jogou ainda no Goiás, Grêmio, Ponte Preta, Santa Cruz, Vitória de Guimarães (Portugal) e Logroñes (Espanha). Em sua terceira passagem pelo clube – em 95, ele disputou o campeonato brasileiro pelo Paraná – o atacante já marcou 42 gols e é o sexto artilheiro da história do clube, atrás de Saulo, Adoílson, Claudinho, Lúcio Flávio e Márcio. Experiente, ele vez se notabilizando pelas ótimas assistências e pela precisão nas cobranças de faltas.
No site do atleta (
www.mauriliosilva.com,br), o torcedor pode concorrer a um jantar com o ídolo, em promoção comemorativa aos 200 jogos pelo Paraná. Basta responder em qual jogo Maurílio completou cem jogos pelo Paraná. O sorteio está programado para o dia 13 de setembro.
