Na busca por um novo treinador, o Paraná Clube chegou até a estudar o retorno de um velho ídolo. Na noite de segunda-feira, Aramis Tissot fez um contato com Otacílio Gonçalves.
Em 1991, ele conduziu o Tricolor ao seu primeiro título estadual. No ano seguinte, foi o mentor da equipe que conquistaria a Divisão de Acesso – hoje Série B -, chegando pela primeira vez à elite nacional.
Prestes a completar 71 anos, o hoje comentarista esportivo declinou do convite. “Ele analisou a tabela e viu que a maratona de viagens da Série B é complicada”, revelou Aramis Tissot.
“Eu queria, na verdade, a experiência dele, sua cabeça. Ainda o considero um dos maiores estrategistas que já vi em ação no futebol brasileiro”, disse. O presidente tricolor não descarta uma nova investida futura sobre Otacílio, mas não para a função de treinador. “Quando estivermos numa condição financeira mais tranquila, quem sabe não possamos voltar a contar com ele numa gerência técnica?”.
O Paraná Clube há mais de um ano não conta com um profissional na gerência de futebol. “No momento, não dispomos de recursos para tanto. Já temos uma comissão técnica numerosa e o mais importante, vejo, é garantir salários em dia para todos. Vamos seguir assim até o fim da temporada”, explicou Tissot, que ocupa o cargo de mandatário máximo do Tricolor desde o licenciamento de Aquilino Romani.
“Foi muito bom ver o quanto o Otacílio Gonçalves gosta do Paraná. Senti que ele balançou com o convite”, confidenciou Aramis Tissot. “É muito bom saber que o Chapinha torce muito pelo Paraná”, concluiu o presidente.