O empate por 0 a 0 com a Portuguesa, amargado na noite da última quarta-feira, no Maracanã, fez o Botafogo deixar o G4 da tabela do Campeonato Brasileiro e fez a pressão sobre Oswaldo de Oliveira aumentar ainda mais. O técnico chegou a ouvir gritos de Cuca, ex-treinador do time e hoje no Atlético, por parte dos torcedores, sendo alguns deles cercaram o ônibus botafoguense na saída do estádio após o duelo.
O comportamento da torcida foi qualificado como “normal e natural” pelo comandante, que precisou ouvir também os coros de “time amarelão” e “acabou o amor”. “Nenhuma torcida fica satisfeita com o time saindo do G-4. Gritem o que quiser, fiquem à vontade”, afirmou Oswaldo, rebatendo os protestos.
Sereno como de costume, mas em um tom de voz mais tenso, Oswaldo negou que já exista um “clima de velório” pela saída da equipe do G4 e manteve a confiança de que o seu time irá reagir e conquistar uma vaga na Copa Libertadores.
“O campeonato é uma coisa só, não se pode seccionar para fazer a análise que nos convém. Vejo o campeonato como um todo e todo mundo fica triste mesmo, eu estranharia se eles (jogadores) não ficassem tristes e abatidos. A força de reação eles têm demonstrando, aliás vêm demonstrando o ano todo que têm força para reagir em situações adversas”, analisou o técnico, em entrevista coletiva.
Já ao falar sobre o fato de que o Botafogo caiu para o quinto lugar e ficou dois pontos atrás do Goiás, último time do G4 hoje, Oswaldo enfatizou: “Não se pode admitir uma situação como definitiva. Temos que reagir o tempo todo”.