O técnico Oswaldo de Oliveira desaprovou nesta quarta-feira as cobranças que o atacante Leandro Damião vem sofrendo por ainda não ter marcado gols pelo Santos e avaliou que a revelação do valor da sua transferência para o clube – R$ 42 milhões – está pressionando o jogador.
“O valor da transação foi muito dimensionado. Muito citado. Não sei se era necessário fazer dessa forma que foi feito. Não se falava do valor do atleta, mas da transação. Sobrecarrega o psíquico muito mais pelo cifrão do que pelo futebol”, afirmou.
Considerada a principal negociação do futebol brasileiro para a temporada 2014, a chegada de Damião ao Santos, vindo do Internacional, foi cercada de grande expectativa. O jogador, porém, demorou a estrear e não fez gols na três primeiras partidas pelo time. Para Oswaldo, as cobranças são exageradas, principalmente porque o jogador já provou o seu valor.
“Qualquer pessoa acuada, normalmente não reage em seu equilíbrio. O fundamental, e ele tem consciência disso, é que a equipe vença. Jogador do calibre do Leandro Damião não podia ser submetido a esse tipo de prova. Já provou até em seleção. Quem somos nós, seres humanos fora do campo, para julgar isso?”, disse.
Nesta quinta-feira, Damião terá nova oportunidade de quebrar esse jejum ao participar do jogo entre Santos e Atlético Sorocaba, na Vila Belmiro, pela nona rodada do Campeonato Paulista. Oswaldo destacou que o jogador tem o seu apoio para superar a fase considerada ruim.
“O momento do artilheiro é qualquer momento. Vai fazer o gol quando aproveitar a oportunidade. Nosso momento, quem trabalha fora do campo, é propiciar que tenha condições boas para fazer isso”, disse o treinador.
Damião chegou ao Santos com a intenção de recuperar o prestígio após um ano ruim no Internacional, o que o levou a perder espaço na seleção brasileira. Oswaldo destacou que o jogador tem esperanças de disputar a Copa do Mundo e acredita que as possibilidades disso acontecer são reais.
“Não tenha duvida de que ele tem essa esperança. Não e coisa sem recheio, tempero. Já esteve lá. Se não fosse a contusão, teria estado também na Copa das Confederações. Quando Jô teve a chance, aproveitou muito bem. Acho que como o Felipão tem mostrado, há possibilidade para ele, Alan Kardec, todos os outros artilheiros do futebol brasileiro”, comentou.