Disputar decisões paulistas virou rotina na história recente do Santos. A de 2014 é a sexta consecutiva. Se de 2009 até o ano passado o time chegava porque tinha Neymar, neste momento um dos principais responsáveis pelo sucesso santista é Oswaldo de Oliveira, que, aos 63 anos de idade, está perto de conquistar o 19.º título da sua carreira, o segundo estadual seguido, já que foi campeão carioca de 2013 com o Botafogo.

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Em pouco mais de três meses (foi contratado em dezembro do ano passado e começou a trabalhar nos primeiros dias de janeiro), Oswaldo acabou com as poucas resistências que haviam ao ser contratado e tem aprovação geral entre os santistas por ser adepto do futebol ofensivo e, principalmente, por saber como poucos treinadores preparar e lançar jogadores formados no clube.

“Estou satisfeito com os resultados que temos conseguido e acredito que o meu jeito de trabalhar teve um casamento muito bom com o Santos. Gosto de futebol alegre e aqui isso é uma das exigências da torcida, o que ajuda no meu trabalho”, disse o treinador.

Depois de demitir Muricy Ramalho, que havia perdido a decisão paulista para o Corinthians no ano passado, e vender Neymar ao Barcelona, o Santos sonhava com um treinador famoso internacionalmente para promover uma revolução no seu futebol.

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Após fracassar nas tentativas de contratação de Marcelo Bielsa e de Gerardo Martino, o Comitê de Gestão optou pela promoção de Claudinei Oliveira, que era treinador havia apenas quatro anos nas equipes da base e que fez um bom trabalho. Mas, o tiro certo dos dirigentes foi Oswaldo de Oliveira.

Desde o ano passado, quando ainda trabalhava no Botafogo, Oswaldo já acompanhava a evolução dos novos jogadores formados pelo Santos e que estavam sendo lançados por Claudinei. Ao assumir, já sabia que Montillo seria vendido, mas teve a promessa da chegada do goleador experiente (acabou sendo Leandro Damião) que tanta falta fez em 2013, para formar a espinha dorsal do time com Aranha, Edu Dracena, Arouca e Cícero. Seria a base segura para o lançamento das promessas. E tem sido, apesar da perda dos zagueiros Edu Dracena e Gustavo Henrique, que passaram por cirurgia de joelho e só voltam em agosto.

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Mesmo sem poder contar com a dupla titular de zagueiros, Oswaldo ousou, ao optar pela escalação de quatro atacantes, abrindo mão de um volante marcador, e protegendo a entrada da área com dois volantes técnicos, Arouca e Cícero, que mais parecem ser meias. E as vitórias por goleada foram se repetindo. O time marcou 46 gols em 17 jogos.

Nos dois anos de Botafogo, Oswaldo também marcou o seu trabalho ao armar o time ofensivamente e por revelar jogadores formados no clube, como Dória, Vitinho e Gabriel, entre outros. Nos 133 jogos sob o seu comando, o time somou 64 vitórias, empatou 38 vezes e sofreu 31 derrotas, com o aproveitamento de 48,1%. No Santos, os números de Oswaldo são bem mais expressivos: 13 vitórias, três empates e apenas uma derrota, em 17 jogos, com aproveitamento de 82,35%.