A prefeitura de Osasco montou um pool de patrocinadores e conseguiu manter a equipe principal de vôlei feminino da cidade, que havia sido extinta na última segunda-feira, após a decisão do Bradesco de cortar os investimentos anuais de R$ 12 milhões feitos com a marca Finasa. Por enquanto, o técnico Luizomar de Moura já acertou sua permanência, assim como a levantadora Carol Albuquerque, e as demais jogadoras serão chamadas para discutir novos contratos.
“Vamos tentar manter a base de jogadoras, mas o mais importante é o que time vai continuar”, afirmou a levantadora, uma das quatro campeãs olímpicas do elenco que foi vice-campeão da Superliga pelo quarto ano seguido, no último sábado – as outras são as atacantes Sassá e Paula Pequeno e a meio-de-rede Thaissa.
O prefeito Emídio de Souza (PT) decidiu se mexer depois de a equipe sofrer o assédio da vizinha Barueri, que chegou a fazer uma proposta concreta e levou até Luizomar para conhecer a estrutura disponível. O Botafogo, do Rio, chegou a falar em assumir o time, mas não passou das conversas, assim como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que poderia usar o nome do Sesi na equipe.
Emídio, que faz campanha interna no partida para se candidatar a governador em 2010, cogitou até mesmo colocar dinheiro da prefeitura para não perder o time. Depois de uma reunião com o Bradesco, o prefeito e Luizomar conseguiram a garantia de que o banco continuará mantendo o projeto social, com investimento em escolinhas de vôlei, e os demais patrocinador vão dividir os investimentos na equipe principal.
O nome desses investidores, no entanto, ainda não foi revelado pelo prefeito, segundo ele para não atrapalhar os últimos acertos. “Uma obra pronta como o nosso time tem muita gente que quer ser patrono. Se a estratégia não interessa a uma empresa, interessa a outras”, afirmou Souza, que continuará cedendo o Ginásio José Liberatti, de propriedade da prefeitura – e que recebeu a coletiva desta sexta-feira, na qual foi feito o anúncio da manutenção da equipe.