O clima dentro da Império Alviverde, principal torcida organizada do Coritiba, é cada vez mais tenso. O motivo? A briga pelo poder. Na semana passada, o torcedor Ronald Barbosa Nunes levou um soco do presidente da Império, Reimackler Alan Graboski, em uma das paradas no retorno de Londrina.

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A vítima prestou queixa na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe). Reimackler justificou a agressão alegando que estava sendo difamado. Com a repercussão do caso, os dois conversaram, entraram em consenso e Nunes tentou retirar a queixa, o que foi negado, pois a ação só pode ser realizada diante de um juíz.

O grupo de torcedores alviverdes está dividido entre situação e oposição. O racha se estabeleceu de vez nas eleições presidenciais do clube, no ano passado, que colocou em lados opostos apoiadores de Vilson Ribeiro de Andrade e Rogério Bacellar, vencedor no pleito.

A divisão interna preocupa a polícia. “O problema da Império é a luta pelo poder. Um grupo quer assumir e tirar os atuais mandatários e isso acaba gerando o conflito”, analisou o delegado da Demafe, Clóvis Galvão. Ele lembra que o “Bonde do Terror” grupo de 12 torcedores presos há quase dois meses e que responde o processo em liberdade – por brigas e danos ao patrimônio público é dissidente da Império.

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Os conflitos ocorrem principalmente nos bairros, entre pessoas da mesma organizada e contra rivais. “Brigam o pessoal que mora no Jardim da Ordem contra os caras que moram no Tatuquara, por exemplo. Dia de clássico começa a dar conflito 10h de manhã”, lamentou Galvão. “No estádio não tem conflito porque o volume de torcedores da Império é muito grande. O Bonde do Terror, em comparação com a torcida organizada, é pouca gente”, diz.

Atlético

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No Atlético existe o conflito de dissidentes da Fanáticos, que chegaram a entrar para a Ultras, com integrantes da organizada. “É uma briga entre o pessoal do Sítio Cercado, que já tinha sido expulso na outra gestão, com um pessoal de comando de bairro. Isso não nos agrada, mas sabe como é essa piazada entre 16 a 24 anos”, lamentou o presidente da Fanáticos, Adilson Pereira. “Não estou no meio da rua, não posso evitar. Mas dentro do estádio, na sede, estou presente e jamais vai acontecer. Sou presidente porque tenho o respeito da torcida”, garantiu Pereira.

“Não tem briga porque a gente divide, faz cordão de isolamento, não deixa junto, coloca em locais distantes. Se deixar junto tem confusão na certa”, rebateu Galvão.