O CT do Cruzeiro foi palco, nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo de manifestações de torcedores, revoltados com a situação da equipe no Campeonato Brasileiro. Portando bandeiras e faixas, o grupo demonstrou seu apoio ao técnico Rogério Ceni, mas cobrou os dirigentes do clube e pediu a saída de Thiago Neves, Edilson, Egídio, Robinho, Henrique, Pedro Rocha, Cabral e Jadson. Como “prêmio” para o elenco, a torcida deixou 12 garrafas de cachaça diante do portão principal.

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Eliminado na Copa Libertadores e na Copa do Brasil, o Cruzeiro é apenas o 16º colocado do Brasileirão, com 18 pontos, três à frente do Fluminense, primeira equipe dentro da zona do rebaixamento. São quatro vitórias, seis empates e oito derrotas.

O clima no clube, que sofre com falta de receitas, salários atrasados e investigações da Polícia Federal, ficou ainda pior após a goleada, pelo placar de 4 a 1, sofrida para o Grêmio, no domingo passado, no Independência, pela 18ª rodada do Brasileiro.

Ainda no estádio, após a partida, a PM precisou fazer um cordão de isolamento para garantir a segurança do elenco cruzeirense. Na segunda-feira, à tarde, uma das torcidas organizadas foi até à sede administrativa para criticar a diretoria. À noite, o alvo foi a casa do vice-presidente de futebol Itair Machado. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um grupo de conselheiros da situação sendo cobrado por torcedores em um restaurante de Belo Horizonte. No total, o protesto desta quarta foi o quarto consecutivo da torcida.

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Dentro do CT, Léo, um dos jogadores há mais tempo no clube, foi escolhido para entrevista coletiva. Há nove anos no clube, o experiente zagueiro afirmou que o elenco “não está rachado”, mas admitiu que a fase é muito ruim.

“Nunca passamos por isso. Recentemente fomos campeões mineiros e pudemos chegar à semifinal da Copa do Brasil. É um elenco que tem em sua maioria jogadores campeões. Ninguém se conforma por essa situação. Todos sabemos que é necessário dar algo mais, incluindo jogadores, comissão, direção e torcedor, para sairmos dessa situação”, disse o defensor, que já passou por turbulências em 2011, 2015 e 2016.

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O último jogo do Cruzeiro no primeiro turno do Campeonato Brasileiro será no sábado, às 19 horas, diante do Palmeiras, no Allianz Parque.