Em tempo de eleição, há promessas, ataques e projetos. Numa tentativa de transformar uma promessa em projeto, a chapa de oposição na disputa da presidência da FPF articula um acordo com o governo do Estado para permitir a troca de notas fiscais por ingressos para os jogos por aqui. Esta ideia foi colocada na reunião entre o governador Beto Richa, os presidentes de Atlético, Coritiba e Paraná Clube e o candidato Ricardo Gomyde. A ideia é gerar mais público e renda para os clubes e dinheiro para os cofres do Estado, com incentivo ao aumento na arrecadação de impostos.
No primeiro encontro, que durou cerca de uma hora, foi pedido apoio político maior do governo, o que inclui ações institucionais e de segurança nos jogos. Por outro lado, Richa solicitou que o grupo, caso vença as eleições da FPF, tenha muita atenção com os clubes do interior. “Nós pedimos um apoio maior para as ligas e o futebol amador, que podem ser fornecedoras de atletas paranaenses para o futebol profissional”, afirmou o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar.
Aí entrou o assunto nota fiscal. A proposta não é nova e já é implantada em Pernambuco desde 1998 – foi justamente este projeto apresentado ao governador. Durante todo esse período já vigoraram dois programas no estado nordestino, o “Todos com a Nota” e o “Futebol Solidário”.
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Ricardo Gomyde esteve ontem, acompanhado dos presidentes do Atlético e do Coritiba, no gabinete do prefeito Gustavo Fruet. A reunião foi tratada como uma visita de cortesia e não teve desdobramento político. A prefeitura informou que Fruet não tomará partido na eleição da Federação, e que a participação de secretários municipais ou outros servidores em qualquer uma das chapas é de decisão pessoal e não tem nenhuma relação com a administração pública, não sendo incentivada e nem vetada pelo prefeito.