Oposição confirma chapa no Coritiba

Começou para valer a campanha presidencial do Coritiba. Já estão compostas as duas chapas para a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração para as eleições do dia 5 de dezembro. Ontem, foi lançada oficialmente a chapa ?Campeão de Novo?, encabeçada pelo empresário José Antônio (Tico) Fontoura, que vai concorrer contra a situação, liderada pelo presidente Giovani Gionédis, que luta pelo terceiro mandato na chapa ?União Coxa-Branca?. As duas facções já estão arrebanhando eleitores.

Os últimos dias vem sendo de tentativas de buscar votos dentro do Conselho de Administração (o antigo Conselho Deliberativo). São 153 conselheiros aptos a votar na segunda-feira, e algumas projeções estão sendo feitas -tanto favoráveis ao grupo de Gionédis, quanto ao grupo de Fontoura.

O candidato da oposição aproveitou a coletiva de ontem para responder às críticas de que seu grupo estaria aproveitando o mau momento do time no Campeonato Brasileiro para lançar a chapa. ?Infelizmente, foi marcada a eleição para o dia seguinte da última rodada do campeonato. A situação inscreveu sua chapa na semana passada. Nós até propusemos o adiamento?, argumentou Tico Fontoura, que rechaçou a acusação de estar ?torcendo contra? o Coxa. ?Ele sabe que sou incapaz de fazer isto. Ele sabe que não pode falar isto.?

Fontoura afirmou que foi procurado por Gionédis nos últimos dias. ?Nestes momentos de sofrimento de todos os coxas, tivemos uma troca diária de telefonemas.

E um grupo de conselheiros me incumbiu de fazer uma proposta à diretoria, que fosse feita uma oferta considerável para o elenco, mas o presidente não nos ouviu?, contou o candidato, que também elogiou o atual presidente. ?Ele fez um trabalho exaustivo, muito austero e de responsabilidade nos últimos tempos?, disse.

Outro que respondeu às declarações de Giovani Gionédis foi o candidato a vice da chapa de oposição, o presidente licenciado da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde. ?Não há conflito, pois o próprio presidente foi candidato à governador do Estado em 2002. Mas eu já me licenciei para disputar a eleição do Coritiba?, rebateu Gomyde, que confirmou que deve deixar a autarquia estadual em abril de 2006 para disputar as eleições gerais.

Os oposicionistas contam com dois ex-presidentes em sua chapa: Marcos Hauer e Francisco Araújo. Fontoura anunciou que outros ex-dirigentes o estão apoiando, entre eles João Jacob Mehl, Joel Malucelli, Manoel Antônio de Oliveira Franco, Edson Mauad e Aryon Cornelsen.

Conciliação

Tico Fontoura disse que foi aberta uma negociação há algumas semanas para a montagem de uma chapa de consenso. Havia o interesse na inclusão de três nomes no grupo de Gionédis, entre eles a indicação de um vice-presidente. A composição não saiu e duas chapas foram formadas, incluindo dissidentes ligados ao ex-presidente Evangelino da Costa Neves. Os dois principais nomes serão adversários na eleição do Conselho de Administração: Celso Moreira pela situação e Júlio Militão da Silva pela oposição.

Elenco reage a provocações

A semana decisiva do Brasileirão promete ser de acusações e respostas incisivas. Corinthians e Inter estão brigando pelo título e tudo está sendo utilizado para motivar – ou enervar – os rivais. E o Coritiba, adversário do Colorado no domingo, foi envolvido na confusão, tanto para um lado quanto para outro. O Coxa virou o fiel da balança.

Para ser campeão brasileiro, o Inter precisa vencer o Cori e contar com uma vitória do Goiás sobre o Timão. Só que, além disso, é preciso tirar uma diferença de cinco gols de saldo – isto porque os paulistas marcaram treze gols a mais que os gaúchos. Daí surgiram duas teses: que o Corinthians enviaria a ?mala preta? para o Coxa vencer e que o Inter já contaria com a goleada certa sobre o Coritiba.

Se a notícia dos paulistas corre à boca pequena – chegou pela imprensa -, as entrevistas dos gaúchos foram veiculadas desde domingo. ?Eu vi o pessoal do Inter falando que vai golear?, conta o lateral Ricardinho. ?Meu pai me disse que o presidente deles falou que o negócio era o Goiás vencer, porque eles iriam passar fácil pela gente?, confirma Douglas.

As declarações dos dirigentes do Inter não caíram bem no CT da Graciosa. ?Quem geralmente fica falando estas coisas acaba sendo surpreendido?, afirma Ricardinho, que não quis ir mais longe. ?É melhor nem ficar falando nestas declarações?, completa. ?O que nos interessa é o Coritiba. Não vamos ficar facilitando para qualquer lado. Temos a obrigação que é tirar o time da zona de rebaixamento?, diz Douglas.

O zagueiro Anderson ironiza. ?Quem precisa de saldo é conta bancária. Acho que quem fala isso quer deixar o principal assunto de lado. Eles precisarão vir aqui e ganhar e eu acho que isto não vai acontecer. Se depender da gente, não vai ter campeão no Alto da Glória no domingo?, completa o jogador.

Para Anderson, o diferencial do jogo de domingo estará nas arquibancadas. ?Vamos ter mais de trinta mil pessoas do nosso lado, vamos jogar no nosso estádio. Eles precisam se preocupar, porque a vantagem é nossa. Teremos que jogar para vencer?, resume o zagueiro.

O técnico Márcio Araújo não quer criar polêmicas. ?Eu tenho certeza que este tipo de coisa não passa pelo (técnico) Muricy Ramalho, pelo (preparador físico) Paulo Paixão e nem pelo (auxiliar) Tata. Tenho certeza que da parte da comissão técnica do Internacional o pensamento é em jogar e buscar o que eles precisam. E é o que nós vamos fazer no Coritiba. Buscar a vitória e terminar o ano na 1.ª divisão?, finaliza.

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