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Opinião: Operário caiu por ter mudado os conceitos

Depois de conquistar o primeiro título da sua história no ano passado, o Operário de Ponta Grossa deu vexame neste ano. O atual campeão paranaense não foi nem sombra do time que levantou a taça em 2015. E neste domingo (27), após 11 rodadas, o Fantasma não conseguiu se segurar na elite do futebol paranaense. Mesmo com a vitória sobre o Foz, com gol de Batatinha no final da partida, o time de Ponta Grossa só não foi pior que o Maringá.

O Operário terminou na 11ª colocação com apenas 11 pontos, 3 vitórias e um saldo de gols de -8. O Rio Branco também finalizou a primeira fase com 11 pontos, mas com saldo de gols 0. Agora o Fantasma terá que se preparar para disputar a segunda divisão no ano que vem.

Mas o Fantasma não pode se deixar abater com este rebaixamento, pois ainda tem a Copa do Brasil para disputar. O time estreia dia 12 de abril contra o Criciúma, no Germano Krüger. E é na competição nacional que a equipe de Ponta Grossa terá que depositar suas fichas em 2016. Se por um acaso for eliminado, o clube só volta a jogar no ano que vem.

Bem diferente do que foi o ano passado, quando também disputou a Série D do Campeonato Brasileiro e ficou a uma vitória de conquistar o acesso. 2015 talvez tenha sido o melhor ano da história do Operário, mas a diretoria optou por deixar no passado e quase começar do zero em 2016. Foi aí que tudo começou a dar errado.

Itamar Schülle, o técnico campeão, foi embora. Para o seu lugar, veio Picoli, que não se firmou. Aliás, ninguém se acertou no banco do Fantasma. Em 11 jogos, nada menos do que quatro comandantes. A continuidade do trabalho que rendeu frutos em 2015 foi jogada no lixo, em troca de um imediatismo.

Foi apenas pensando no momento, e não no planejamento, que Joel Preisner ficou um (apenas um) jogo no comando do time. Chegou na penúltima rodada, ganhou e como prêmio virou auxiliar de Gerson Gusmão, que era auxiliar de Schülle em 2015 e estava no Novo Hamburgo.

Alguns podem dizer que a vinda de Gusmão, antigo sonho do Fantasma, já faz parte do planejamento para 2017. Pode ser, mas não era melhor manter Preisner no último jogo e depois definir o que aconteceria? Em uma única partida tudo poderia acontecer e não seria uma nova troca no comando técnico que iria incentivar os jogadores e colocar a casa em dia.

Certo mesmo é que o elenco deverá passar por uma reformulação. Embora a base de 2015 tenha sido mantida, os principais jogadores foram embora e os que ficaram não conseguiram dar liga com os reforços. Essa vai ser a primeira missão de Gerson Gusmão. Um longo trabalho pela frente, que não pode ser jogado fora nos primeiros tropeços.

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