O atraso do pagamento de alguns funcionários que prestaram serviços na reforma e ampliação da Arena da Baixada, culminou em mais uma manifestação em frente ao estádio atleticano, que recebe amanhã o seu quarto e último jogo da Copa do Mundo entre Argélia e Rússia. Ontem de manhã, aproximadamente 50 funcionários que prestaram serviços a empresas contratadas pela CAP S/A protestaram e reivindicaram o pagamento dos salários atrasados.
O atraso da CAP S/A para quitar as dívidas junto às empresas contratadas é justificado pelo clube pelo atraso no repasse da última parcela, no valor de R$ 6,4 milhões, do quarto contrato firmado com a Agência de Fomento do Paraná. Segundo o banco estadual, as condições previstas no contrato para a liberação da última parcela não foram atendidas pelo Atlético.
Consta no documento que o clube precisa fazer a integralização do capital social da CAP S/A na obra de remodelação do estádio. Algumas reuniões entre o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, e representantes da Fomento Paraná aconteceram no início do mês para que fosse feito um termo aditivo do contrato, prorrogando o prazo do cumprimento desta condicionante pelo clube. Porém, não houve um acordo e o banco estadual só poderá liberar a quantia quando a CAP S/A cumprir esta condição contratual. Enquanto isso, algumas empresas que prestaram serviços na reforma da Arena da Baixada, seguem com dificuldades para pagarem seus funcionários. A empresa que cuidou da parte elétrica e de tecnologia da informação do estádio, A.A. Camargo, informou que a CAP S/A ainda não quitou o valor da última medição realizada, que servirá para pagar a rescisão dos funcionários que trabalharam na reforma do estádio atleticano.
“O valor da última medição ainda está retido lá. Eles liberaram uma parte que serviu para pagar somente alguns funcionários. Mas tem alguns trabalhadores que ainda estão sem receber. Eles trabalharam e querem receber. Eles nos ligam todos os dias. Em alguns casos, colocamos em aviso prévio para resolver a situação com eles. Outros entenderam a situação e que dependemos do pagamento da CAP S/A”, disse um dos diretores da empresa.
O representante de outra empresa que prestou serviços elétricos na Arena da Baixada e pediu para não ser identificado, informou que o atraso do pagamento já dura mais de vinte dias. Mesmo assim, esta empresa usou recursos próprios para manter em dia o pagamento dos funcionários. Entretanto, a CAP S/A informou que fará o pagamento até sexta.
A manifestação não tirou a tranquilidade dos organizadores da Copa do Mundo em Curitiba. “É um problema da CAP S/A e não interfere em nada para o jogo da Copa do Mundo”, arrematou Mário Celso Cunha.