O Operário será o representante paranaense na Série C do Campeonato Brasileiro em 2018. Ontem, no Germano Krüger, em Ponta Grossa, o Fantasma venceu o Maranhão por 2×1, resultado que somado à vitória por 3×1 no jogo de ida, em São Luiz, classificou a equipe para a semifinal da Série D, garantindo uma das quatro vagas para a terceira divisão (as outras são do Atlético Acreano, do Juazeirense e do Globo-RN). É a volta do time ponta-grossense ao cenário nacional.
Veja como foi o jogo no Tempo Real da Tribuna!
O Fantasma já esteve perto de chegar na primeira divisão. Em 1990, o alvinegro ficou a um ponto do acesso, perdendo a vaga para o Atlético. Depois de alguns anos de dificuldades, desde 2014 um grupo de empresários assumiu o comando do clube, e já no ano seguinte o Operário conquistou o título paranaense em pleno Couto Pereira, em cima do Coritiba. No mesmo ano, a vaga para a Série C ficou nas quartas-de-final, na eliminação para o Remo.
O ano passado foi de decepções. Defendendo o título estadual, o Operário acabou ficando em penúltimo lugar e foi rebaixado para a Série Prata. Na Copa do Brasil, após a classificação heroica diante do Criciúma, veio a eliminação melancólica para o Paysandu. Pela péssima campanha no Paranaense, não houve participação na Série D, mas a recuperação veio na “escondida” Taça FPF, quando o time foi campeão invicto e garantiu a vaga na quarta divisão deste ano.
Para chegar à Série C, o Fantasma passou por Brusque, São Paulo-RS e XV de Piracicaba na primeira fase, e depois eliminou os capixabas Desportiva e Espírito Santo nas duas séries mata-mata que antecederam o confronto com o Maranhão. Com o acesso, o Operário passa a ter um calendário anual, o que é fundamental para a sustentação do clube. São agora cinco times paranaenses com calendário – além do OFEC, Londrina, Paraná Clube, Coritiba e Atlético.
Jogo
Apesar de ter uma grande vantagem, o Operário teve o domínio da partida no primeiro tempo. Adiantando a marcação e abusando das jogadas de lado, principalmente pela direita com a dupla Lucas Batatinha e Danilo Baia, o Fantasma chegava toda hora na área do Maranhão, mas não conseguiu criar uma chance de maior perigo – o melhor lance foi um chute de Athos defendido por Rodrigo Ramos. Na defesa, muita tranquilidade para Simão, que não precisou fazer nenhuma defesa.
Na etapa final, foi a vez de administrar, já que o adversário claramente percebeu que não tinha condições de conseguir a virada. Pra resolver a parada, aos 24 minutos Robinho lançou Lucas Batatinha, que tocou com categoria e marcou o gol do acesso. Aos 37, Marcelo deixou tudo igual, mas Jean Carlo fez aos 41 e definiu a vitória. Ao término da partida, as quase nove mil pessoas que lotaram o Germano Krüger festejaram – e muito – a grande conquista do Fantasma.
