Se em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul os títulos ficaram com equipes tradicionais, o Paraná tem um campeão do interior pela segunda vez seguida, algo que não acontecia há mais de 50 anos. Neste domingo, o Operário surpreendeu o Coritiba por 3 a 0, em pleno Couto Pereira, e levou a taça para Ponta Grossa pela primeira vez.
O Operário já havia levado a melhor na partida de ida, vencendo por 2 a 0 e chegando em vantagem para o jogo decisivo em Coritiba. Neste domingo, o time do interior soube se aproveitar das chances criadas, foi evoluindo à medida que os donos da casa se atiravam ao ataque, e venceu por 3 a 0, com dois gols de Juba e um de Ruy.
No ano passado, o título paranaense já havia ido para o interior, com o Londrina vencendo o arquirrival Maringá na decisão. Buscando o bi, o Londrina ficou na semifinal nesta temporada (perdeu para o Coritiba) e faturou o título do interior. O Atlético-PR nem passou da primeira fase e brigou contra o rebaixamento. O Paraná foi eliminado pelo Operário nas quartas de final.
TAPETÃO? – A torcida do Joinville comemorou o título catarinense neste domingo, mas a conquista não será homologada tão cedo. Afinal, será Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC) a definir o campeão catarinense, depois de empate por 0 a 0 com o Figueirense, neste domingo, na Arena Joinville, repetindo o resultado do jogo de ida, no Orlando Scarpelli.
Isso porque o Joinville escalou irregularmente um jogador diante do Metropolitano, no hexagonal semifinal, correndo o risco de perder quatro pontos. Se o TJD-SC assim decidir, o Figueirense terá tido a melhor campanha do Estadual, o que lhe faria jogar por dois empates na decisão.
O TJD-SC, entretanto, pode ter o mesmo entendimento que o pleno do STJD, que, em casos semelhantes, só puniu em casos em que os jogadores irregulares entraram em campo. No caso do Joinville, André Krobel foi relacionado sem ter contrato profissional, apesar de já ter estourado a idade limite para atuar como amador. Ele, entretanto, não atuou na partida em questão, ficando apenas no banco de reservas.
Caso o Joinville seja confirmado campeão, terá chegado ao seu 13.º título, o primeiro desde 2001, exatamente no ano que volta à Série A do Brasileirão. Já o Figueirense, que já tem 16 taças, pode superar o Avaí e comemorar o bicampeonato.