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O pau comeu geral no fim do jogo em Foz do Iguaçu, no Acesso. |
As denúncias de corrupção na 2.ª divisão do futebol paranaense, que pareciam enterradas após a podridão revelada pelo caso Bruxo, voltam à tona. Um fato comunicado pelo Operário Ferroviário põe sob suspeita a disputa pela última vaga da Divisão de Acesso, entre o time de Ponta Grossa e o Foz do Iguaçu.
Um dirigente ligado ao Operário teria recebido a visita um ex-árbitro, afastado do esporte por corrupção, às vésperas da partida contra o Foz. O suposto intermediário cobrou certo valor em dinheiro para que a arbitragem favorecesse o Fantasma no jogo, que definiria uma das vagas na elite do futebol paranaense.
A proposta indecente chegou ao conhecimento do presidente do Operário, Francisco Carlos de Jesus, o Chico da Bracol, que de imediato comunicou o fato à direção da Federação Paranaense de Futebol.
Na última 3.ª feira, Chico da Bracol insinuou em entrevista ao Paraná-Online que o árbitro Edivaldo Elias da Silva poderia estar ?encomendado?, ao comentar o teor da súmula do jogo. O apitador relatou que o Fantasma abandonou o gramado sem motivo, fato contestado pela equipe de Ponta Grossa. Ontem, procurado pela reportagem, o presidente operariano preferiu não comentar mais o caso. O clube, porém, pretende levar hoje a denúncia a público.
Mesmo com as declarações do presidente, a estratégia do Operário é evitar acusações diretas ao árbitro e aos assistentes, que tiveram atuação considerada normal na partida de domingo, apesar das reclamações contra a marcação do pênalti para o Foz no fim do jogo. O Fantasma suspeita que o tal intermediário pretendesse ?vender? o trio sem que os próprios árbitros soubessem da negociata. De qualquer forma, o clube apresentará os indícios e pedirá investigação ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná.