Uma boa parcela das impressões que o Operário de Ponta Grossa deixará do ano de seu centenário começa a ser definida na noite de hoje, em sua estreia na Copa do Brasil. Repleto de improvisações, no Germano Krüger, às 20h30, o Fantasma paranaense encara o Juventude-RS, na partida que é uma das mais esperadas pela torcida alvinegra nos últimos tempos.
A procura pelas entradas, no entanto, deve ficar apenas para o dia do jogo. “O torcedor se une na hora de comprar ingresso”, disse o presidente do clube, Carlos Iurk, destacando que fora de campo o clima é de expectativa entre os operarianos. Afinal, a conquista da vaga naquela que é considerada a mais democrática competição do futebol brasileiro foi suada, obtida após boa campanha no Estadual do ano passado.
Em sua trajetória na competição, o Operário terá de superar alguns obstáculos. O primeiro, por lógica, é o adversário. Embora o Juventude passe por certa turbulência, com o técnico Antônio Pícoli pedindo dispensa no início da semana, o clube de Caxias do Sul carrega no seu currículo o título da Copa do Brasil de 1999.
A outra questão está nos desfalques. Apenas no jogo de hoje, o Operário não poderá contar com dez jogadores. Duas dessas ausências, as do lateral George e do atacante Ícaro, ocorrem por suspensão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Os demais se encontram no departamento médico. “Se uma situação dessas já complicaria em um time grande, imagine pra nós”, argumentou o técnico do Fantasma, Lio Evaristo.
Mesmo com o Operário vivendo um momento irregular no Paranaense, Lio tenta elevar o desempenho de seus jogadores. “Temos que encarar e tentar reverter o quadro, já que no futebol você ganha e muda tudo”, ressaltou o treinador. Para que haja um jogo de volta, o Operário não pode ser derrotado por dois ou mais gols de diferença.