O boletim médico divulgado pelo Hospital João Lúcio, em Manaus, informou que Antônio José Pita Martins morreu quando passava por um procedimento cirúrgico. Ele tinha 55 anos e sofreu um grave acidente na manhã desta sexta-feira, durante seu trabalho nas obras da Arena Amazônia, um dos 12 estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo.

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Antônio Martins era funcionário da Martifer, empresa que prestava serviço na construção da Arena Amazônia. Segundo comunicado da companhia, ele era técnico de guindaste de grande porte e sofreu o acidente quando desmontava o equipamento numa área externa do estádio. Uma peça teria caído em sua cabeça, provocando ferimentos graves.

Inicialmente, ele seguiu para o Hospital 28 de Agosto. Após ser estabilizado, foi transferido para o Hospital João Lúcio. De acordo com o boletim médico, o quadro era de trauma encefálico grave e múltiplas lesões no tórax. Durante uma craniotomia descompressiva, no centro cirúrgico, teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Em nota, a Martifer diz que “neste momento presta toda a assistência à família e apura as causas do acidente”. O governo do Estado do Amazonas também divulgou um comunicado oficial para lamentar a morte do operário e ressaltar que a empresa para a qual ele trabalhava “assegurou que prestará toda assistência à família de Antônio”.

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A construção da Arena Amazônia já registra três mortes, sendo que as duas anteriores aconteceram no ano passado. No total, acidentes em estádios que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do Mundo no Brasil provocaram seis mortes, além de outras duas de operários que sofreram problemas cardíacos durante o trabalho.

No começo desta semana, o estádio em Manaus tinha atingido 96,68% das obras concluídas – a previsão de inauguração é ainda em fevereiro. Com capacidade para 40 mil torcedores, o local vai receber quatro jogos da Copa, todos da primeira fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, Estados Unidos x Portugal e Honduras x Suíça.

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