A Fifa e o meia-atacante ganês Prince Boateng foram convidados de honra da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira, para a celebração do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, realizada durante a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
Ali, as partes discutiram os recentes casos de racismo no futebol, inclusive o sofrido por Boateng no futebol italiano, quando o jogador, acompanhado dos seus companheiros de time no Milan, abandonaram um amistoso depois de o ganês ser alvo de ofensas racistas.
“O racismo não é um problema apenas para o futebol”, disse o diretor de Responsabilidade Social Empresarial da Fifa, Federico Addiechi, que representava a entidade. “O futebol é um espelho da sociedade. Será impossível derrotar o racismo sem um esforço conjunto, contínuo e genuíno em todos os âmbitos: político, social, legal e empresarial”, completou.
Já a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navanethem Pillay, disse que o mundo está muito longe de erradicar o racismo. “O esporte é, na sua essência, inclusivo e multicultural. O tempo de chutar o racismo do futebol é agora, e é preciso que haja consequências para quem mostrar tendências racistas no esporte”, comentou ela, que estava também acompanhada do ex-capitão da seleção francesa, Patrick Viera, um dos expoentes da luta contra o racismo no futebol.